Entre esquema ofensivo e retorno com três volantes, Botafogo vive dilema

Precisando vencer e marcar gols, Alvinegro vive dúvida quanto ao estilo de jogo. Com <br>possível retorno de Airton e a opção de Fernandes, esquema antigo é uma possibilidade

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Cautela ou ousadia? Manter o time compacto e buscar o gol com calma ou usar uma equipe mais ofensiva e que agrida o adversário? O técnico Ricardo Gomes vive um dilema para pensar e escalar o time para a final de domingo.

Precisando vencer por no mínimo um gol de diferença para levar aos pênaltis, a grande dúvida da equipe é em relação ao esquema tático que será adotado. Com a possível volta de Airton e o bom segundo tempo de Fernandes no primeiro jogo da final, a formação com três volantes, que deu certo em grande parte do Carioca, é uma possibilidade.

Com ela, o time perde em força ofensiva, mas ganha na compactação e no número de jogadores no meio-campo. Esse domínio sobre o setor central do campo já foi destacado várias vezes como a parte primordial para se dominar uma partida pelo técnico Ricardo Gomes.

Outra situação de jogo seria a manutenção do esquema com a trinca de meias atrás do centroavante, como o Alvinegro jogou os últimos dois clássicos. Nesse caso, provavelmente Leandro seria mantido junto a Gegê e Salgueiro. O time ganha em volume e maior incisividade no ataque. Contudo, perde a tão valorizada vantagem numérica no meio.

Na primeira final, a segunda opção foi a escolhida pelo comandante alvinegro. E, mesmo com o resultado negativo, a exibição da equipe, de um modo geral, agradou tanto a comissão técnica quanto os jogadores:

– Nós merecíamos um resultado melhor. Não estou discutinho a qualidade do Vasco, mas tabu é para ser quebrado. No futebol nós sabemos disso e espero só trabalhar durante a semana com a cabeça tranquila para o jogo de domingo. A equipe do Vasco é experiente, mas foi mais uma desatenção nossa do que mérito deles. Não só o Nenê como o Andrezinho, todos merecem atenção especial. Vamos corrigir e ainda não tem nada definido – disse Bruno Silva em coletiva na última terça-feira, em General Severiano.

Qualquer que seja a opção do técnico no decorrer da semana, a única certeza é a de que o Botafogo não terá vida fácil na final. Para ser campeão, a equipe terá que reverter a vantagem obtida pelo rival e quebrar a sua sequência invicta.

POSSIBILIDADES:

4-3-2-1:
Esquema que foi mais utilizado pelo Botafogo no decorrer do Campeonato Carioca. Airton seria o primeiro volante na trinca, seguido de Lindoso pela esquerda e Bruno Silva indo pelo lado direito.

Time: Jefferson; Luis Ricardo, Carli, Renan Fonseca e Diogo Barbosa; Airton (Fernandes), Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Gegê e Salgueiro; Ribamar.

4-2-3-1: Leandro ganharia a vaga do volante e o time iria com mais opções no setor ofensivo. Sem a bola, Salgueiro fica mais adiantado, próximo a Ribamar, quase que como um segundo atacante.

Time: Jefferson; Luis Ricardo, Carli, Renan Fonseca e Diogo Barbosa; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Leandro, Gegê e Salgueiro; Ribamar.

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