No final de 2014, Carlos Eduardo Pereira assumiu um Botafogo afundado em dívidas, com dezenas de jogadores deixando o clube e com a equipe rebaixada à Série B do Brasileiro. No ano seguinte, o Glorioso voltou à elite, começou a se organizar administrativamente e, em 2016, a classificação para a Libertadores pareceu um prêmio. Em 2017, o mandatário encerra seu primeiro mandato, e ainda não decidiu se será candidato à reeleição. Mas projeta, nesta entrevista exclusiva ao LANCE!, um bom futuro para a instituição de General Severiano.
Nesta primeira parte da entrevista ao L!, CEP revela planos extracampo para o meia Montillo, com quem o clube negocia para reforçar a equipe. O dirigente também detalha as negociações para a manutenção dos dois laterias que terminaram o ano como titulares do Glorioso: Alemão e Victor Luís.
Confiante em relação a vinda do Montillo?
Sigo deixando em um ponto neutro porque não quero criar expectativas na torcida, nem que isso se torne uma novela. Vamos acelerar as negociações para que cheguemos em um entendimento ou tenhamos a negativa e agradecer pela tentativa. Como o dinheiro é curto, reservamos algumas coisas para contratações. Mas nós temos outras demandas. Tem o Victor Luis com o Palmeiras, o Alemão com o Bragantino, repor a saída do Neilton... se ficarmos muito tempo parados esperando a resposta do jogador de alto investimento, acaba atrapalhando todo o dominó. Quero todos prontos na pré-temporada para trabalhar com o Jair. Já tem o Gatito, o João Paulo e o Roger. Repusemos a saída do Sidão, o João Paulo parece ser um jogador de muito talento, confio muito nele, e o Roger é um centroavante que fez um belo Brasileiro, podendo fazer dupla com o Canales na disputa pela posição de centroavante.
Pela idade e pelo salário, vale o risco?
Em termos de negócio, vale a pena pelo impacto que vai causar na torcida do Botafogo. Pela consolidação da nossa imagem, por ter um jogador de nível de Seleção, além do Jefferson, e isso seria muito importante. Ele tem um bom histórico de grupo, de postura, e é diferenciado. Seria muito importante para o clube, para o marketing, criando todo aquele efeito positivo de estádio, jogador e ídolo. Não estamos trabalhando com parceiros, mas seria bem vindo.
O que falta para o Botafogo permanecer com Alemão e Victor Luís?
O Antônio Lopes está cuidando dos dois. Estamos negociando o valor com o Palmeiras e com o Bragantino uma forma de pagamento para acertar. Mas são dois jogadores que nos interessam muito para a próxima temporada.
Quantos reforços mais o Botafogo pretende trazer?
Olha, pelo pedido do Jair, mais um três jogadores. Um para a lateral esquerda, e dois atacantes rápidos, de lado. Com isso, temos uma base consistente, para fazer um bom Campeonato Carioca e Pré-Libertadores.
Existe um padrão nos jogadores contratados?
Apostaremos no médio risco. Sem ser de grande risco, essa colocamos de lado. Investir para negociar no futuro? Menos, pois a prioridade é com os nosso jovens. Importante que os jovens da base vejam que podem ser vistos. Experientes, sim. E com um mínimo de vivência de Campeonato Brasileiro.