Evolução durante derrota ameniza erros e traz boa perspectiva ao Bota

Na estreia de Marcos Paquetá, embora siga sem vencer fora do Rio neste Brasileiro, Botafogo mostrou futebol para trazer esperança por embalo na competição

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Não foi na última quarta-feira que o Botafogo saiu da Arena Corinthians com a primeira vitória fora do Rio de Janeiro neste Campeonato Brasileiro. Nem com a primeira na casa corintiana - em quatro jogos. Na estreia de Marcos Paquetá, a atuação diante do Timão foi proveitosa, porém a derrota fez com que o excesso de erros de passe, sobretudo, chamasse a atenção em meio a merecidos elogios a Cássio e aos arremates.

O gol cedo do Corinthians permitiu que os mandantes, então mais conservadores, esperassem os rivais, que, ao menos na primeira etapa, tiveram uma dificuldade enorme para costurar os ataques. O número passes errados corrobora a ineficiência: foram 32 somente antes do intervalo, a mesma quantidade da média da equipe na competição.

Rodrigo Lindoso e Matheus Fernandes não construíram bem, enquanto João Pedro foi apagado e, aberto pela direita, não conseguiu potencializar o que tem de trunfo técnico e sequer foi agudo, como Paquetá pretendia, tanto que optou Rodrigo Pimpão, mais veloz, nas costas de Danilo Avelar, que estava mal.

- A estratégia do primeiro tempo era um jogador mais técnico, o João, e o Ezequiel que é rápido. Corinthians usa triangulações e deixa espaços, mas eles fizeram um gol rápido e se fecharam - analisou Paquetá, completando: 

- Na realidade, o Corinthians se fechou bem pelas laterais, tinham visto jogos nossos. Tentamos fazer jogadas de profundidade nas costas dos laterais, esse detalhe foi importante. Mas do outro lado tem um adversário que procura dificultar as ações. 

O Botafogo, assim, evoluiu, pressionou mais com a bola rodando perto da área do adversário, mas parou em Cássio. Criou oportunidades, finalizou nada mais nada menos do que 22 vezes, sendo oito na direção do gol. Nada de bola na rede principalmente por conta do camisa 1 do Timão. 

Para o clássico contra o Flamengo, é bem possível que Pimpão e Aguirre sejam os pontas no esquema de Paquetá, pois trazem mais verticalidade e equilíbrio nas duas fases - ofensiva e defensiva. A primeira impressão, embora o resultado tenha sido negativo e com um primeiro tempo abaixo, traz boas perspectivas para o restante da temporada. 

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