Ainda no início do Campeonato Carioca, muito se falava da provável briga do Botafogo contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Também já se comentava quando a equipe conquistou o acesso o ano passado, sobre a comparação com o Vasco, que foi rebaixado em 2013, subiu em 2014 e calhou de voltar a cair no ano passado. A evolução do Glorioso no Estadual mudou um pouco o panorama especulativo, mas as três derrotas seguidas e a última posição no Campeonato Nacional pressionam: o time de General Severiano precisa fazer agir logo para não repetir o Cruz-Maltino.
Parece cedo, mas, no ano passado, nesta mesma sexta rodada, o time de São Januário também estava mal das pernas. A derrota por 2 a 0, fora de casa, para o Atlético-PR, colocou a equipe na penúltima posição, com três pontos (três empates e três derrotas). O time de Ricardo Gomes é o lanterna, mas com quatro pontos.
- É muito mais a parte psicológica. Não é só olhar para a tabela, é muito mais o jogo. Temos que voltar a jogar, e jogar bem. Não estar nessa situação em 10 rodadas. Quero ver o time evoluindo. Evoluímos um pouco mais no segundo tempo, mas tivemos duas derrotas - explica Gomes.
Há semelhanças, em termos técnicos. Botafogo e Vasco foram os melhores times dos Estaduais em 2015 e esse ano. No Brasileiro, a dificuldade ofensiva era latente com a Cruz de Malta como é com a Estrela Solitária. O time de Doriva sofria para balançar redes. Apenas um gol até então. Por ora, o Glorioso tem o pior ataque. Marcou apenas três vezes.
A equipe cruz-maltina degringolou numa crise profunda e apenas com a chegada de reforços como Andrezinho e Nenê houve melhora. A chegada de Jorginho para ser técnico foi providencial para a evolução, apesar de a queda ter se confirmado.
Talvez seja essa a grande diferença. O Vasco demorou um turno para se encontrar. Ricardo Gomes, a partir do próximo dia 20, já poderá utilizar os reforços que, para ele, fecham o elenco: o meia Camilo e os atacantes Rodrigo Pimpão e Canales. O tempo dirá se o time dá liga ou não.