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Grande quantidade de atacantes no Botafogo pode alterar o equilíbrio do time

Ídolos do Botafogo afirmam que o investimento deve ser feito nos setores mais necessitados, desde que o equilíbrio do time não seja afetado

Botafogo 3x1 América-MG, gol do Sassá - 15.06.2016
imagem cameraAlto número de centroavantes gera questão para 2017 (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 19/12/2016
18:07
Atualizado em 26/12/2016
15:18

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Após ano com baixo rendimento do ataque, o Botafogo prioriza contratar jogadores para o setor. Porém o alto número de propostas e contratos, pode gerar problema em relação aos centroavantes, que ficarão sem lugar para atuar no clube. Com isso, alguns atletas podem deixar o alvinegro antes mesmo da pré-temporada de 2017.

Jogadores que foram destaques em 2015 e promessas para a temporada de 2016, como Luis Henrique e Vinícius Tanque, receberam pouco investimento. Além deles, atletas que foram contratados para reforçar o setor não convenceram os torcedores, como o argentino Canales, que marcou apenas um gol em onze partidas, deixando o ataque ainda mais precário.

Para a próxima temporada, o Botafogo já anunciou a contratação de Roger (atacante), que defendeu a Ponte Preta no último Brasileirão, Gatito Fernandez (goleiro), que pertencia ao Figueirense, João Paulo (meia), que atuou no Santa Cruz, Montillo (meia) e está em processo de negociação com Hyuri (atacante), que já jogou no alvinegro em 2013, William Potker (também da Ponte) e Victor Luís (lateral-esquerdo) do Palmeiras.

Com grande quantidade de atacantes à disposição, o número de jogadores em outros setores pode se tornar escasso, o que prejudicaria o time. O ex-goleiro Ricardo Cruz, que participou da conquista do título estadual de 89, que quebrou o jejum do alvinegro de 20 anos sem ganhar títulos, disse ao LANCE! que o investimento inicial deve ser no setor mais necessitado e os outros setores devem ser avaliados durante a temporada.

- Os reforços devem vir para o setor mais necessitado. Tem que haver equilíbrio para fortalecer de maneira geral todos os setores e deixar o clube nivelado. Temos como exemplo a contratação de Sidão quando Jefferson foi operado. O Botafogo estava precisando de um goleiro com nível equivalente para substituí-lo e o resultado foi a boa temporada que Sidão fez pelo clube, se tornando titular no mês seguinte. Se o ataque terminou fraco nesse ano, o investimento deve ser mais intenso no ataque e ao longo do tempo nos outros setores que estiverem precisando.

Afonsinho, meia-armador campeão da Taça Brasil em 1968 pelo Botafogo, acredita que o investimento deve ser feito em todos os setores, para que o clube se mantenha em equilíbrio durante o ano.

- O Botafogo iniciou o campeonato com o propósito de não ficar entre os últimos da tabela e, quando se viu livre do rebaixamento, se superou e se viu sem obrigação. Conseguiu chegar ao nível de poder sonhar com a Libertadores, mas quando precisou se garantir entre os seis primeiros, passou por um momento complicado não só no ataque, como na zaga e a vaga foi conquistada só na última rodada por falta de preparo. É preciso contratar jogadores de experiência em todos os setores, para que não aconteça o mesmo na próxima temporada e o time possa ficar equilibrado durante o ano.

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