Daqui a quatro dias, o Botafogo receberá o Juventude pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O jogo marcará o reencontro da torcida com o time que está pressionado após a vexatória eliminação no Campeonato Carioca e com um velho conhecido do início da década: Fahel.
O ex-meio-campista, hoje, integra a comissão técnica fixa do Juventude, onde é auxiliar do técnico Marquinhos Santos. Ele começou no cargo em agosto do ano passado, na equipe de Luiz Carlos Winck. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Fahel falou do carinho especial que sente pelo ex-clube.
– A importância do Botafogo para mim é imensa. É um clube pelo qual tenho um carinho enorme, onde passei uma fase muito boa da minha vida, onde fui campeão e pude fazer grandes amigos. Hoje, defendendo o Juventude em uma nova função, vou fazer o melhor para que possamos sair com a vitória – disse Fahel, que também jogou e encerrou a carreira pelo Juventude (de 2016 a 2017).
Aos 37 anos, Fahel também destacou a crença no trabalho de reconstrução que tem ajudado a desenvolver no clube gaúcho, que busca se recuperar da recente queda à Série C e voltar à elite do futebol brasileiro. A experiência faz parte dos planos de Fahel em se tornar treinador.
– Nós acreditamos muito no trabalho que estamos fazendo. É um clube que está se reerguendo, procurando voltar para o cenário nacional e, quem sabe, estar jogando a Série A, entre os maiores no futebol brasileiro. Futuramente quero assumir como treinador, trazendo as coisas boas que aprendi. Estou muito feliz nessa nova fase – completou.
Confira outros trechos da entrevista de Fahel ao LANCE!:
L!: Como vai ser esse reencontro com o Botafogo, ainda mais em um jogo marcante (pela recordação da final de 1999)?
Esse reencontro vai trazer na memória momentos marcantes para mim. Um encontro entre Juventude e Botafogo sempre vai trazer na memória o jogo de 1999. É uma final que foi marcante para os dois clubes. O Juventude dá uma grande importância a essa partida. É um clube que está se reerguendo, procurando voltar para o cenário nacional e, quem sabe, em um futuro próximo, estar jogando a Série A, entre os maiores no futebol brasileiro. O clube vem trabalhando para voltar à elite do futebol brasileiro. Sabemos que vai ser um jogo difícil porque a equipe do Botafogo tem uma qualidade muito grande, é uma equipe forte, ainda mais agora com a contratação do Diego Souza e Cícero. Mas nós também temos confiança no nosso trabalho e vamos tentar fazer o nosso melhor nestas duas partidas para sair com a classificação.
- Por que acredita que o Juventude pode surpreender, a começar pela partida no Rio, e passar de fase?
Nós acreditamos muito no trabalho que estamos fazendo. Sabemos que teremos dificuldade nas duas partidas diante de uma equipe que vem se reforçando, bem estruturada. Temos que jogar com inteligência, com a intenção de fazer bons jogos e o objetivo na classificação. É um campeonato diferente, que dá condições a todas as equipes de sonharem com um voo mais alto e é isso que vamos fazer, cientes das dificuldades mas acreditando no nosso trabalho.
- Como está a experiência como auxiliar-técnico? Sempre foi um desejo seu? Pretende ser técnico em um futuro breve?
Estou muito feliz nesta nova fase da minha vida. Já estava me preparando há cerca de quatro anos, fazendo alguns cursos. Nunca me vi longe dos gramados e do ambiente do futebol. É algo que gosto muito e com o qual sonhava. Meu objetivo é ser treinador no futuro. Tenho que passar por este momento e estou procurando aprender com todos os treinadores. O Marquinhos Santos é um cara formidável, uma pessoa sensacional. Procuro aprender também com os atletas, comissão técnica. Já trabalhei com três treinadores: Julinho Camargo, Luiz Carlos Winck e Marquinhos Santos. Com eles posso aprender e acrescentar lições que tenho na memória de tantos treinadores que passaram por mim. Tive o prazer de trabalhar com nomes como Joel Santana, Ney Franco e vários outros. De cada um deles pude aprender bastante e, futuramente, quero assumir como treinador, trazendo as coisas boas que aprendi. Estou muito feliz nessa nova fase. Sei que tenho um caminho longo pela frente para que eu possa fazer bons trabalhos, se Deus permitir.
*Sob a supervisão de Aigor Ojêda