Idolatria e calma pelo seu gol: Airton projeta grande clássico no Maracanã

Em grande temporada, volante quer se consolidar ainda mais para entrar para a galeria dos nomes históricos do Botafogo. Grande partida - como na Ilha - diante do Fla é o caminho

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Cada vez mais Airton é uma referência no Botafogo. Por mais tímido que seja fora de campo, dentro das quatro linhas ele sempre chamou atenção. Assim saiu do Nova Iguaçu para o Flamengo. Assim foi a Portugal. E assim, após um 2015 improdutivo, se consolidou no Glorioso. Os próximos passos que o volante quer dar são em direção à idolatria. Ele não esconde o desejo de entrar para a galeria de jogadores históricos do clube.

– Jogador fica marcado por títulos, por fazer boas partidas. Assim faz seu nome. Espero poder botar o meu no rol dos ídolos aqui do Botafogo – garante o meio-campista, que tem 29 jogos nesta temporada.

Com a função, a primeira missão de Airton é desarmar os adversários. Sempre foi. Mesmo assim, ele reconhece que deveria ter melhores números ofensivos. Aos 26 anos, tem dois gols marcados na carreira. Apesar da consciência de de que precisa evoluir nesse quesito para ganhar a condição de ídolo, Airton não tem pressa para finalmente desencantar pelo Botafogo.

– O gol é consequência, não estou preocupado. Não tenho muitos gols na carreira. Espero fazer o meu papel, primeiramente, na marcação. O gol vai sair naturalmente – minimiza o atleta.

O próximo adversário, o Flamengo, no sábado, é o mesmo contra quem, no primeiro turno, Airton teve atuação destacada. No clássico realizado na Arena da Ilha do Governador, a rivalidade e a comparação com Willian Arão, que preferiu trocar General Severiano pela Gávea, estavam aflorados. E o alvinegro deu um chapéu no rubro-negro no lance que originou o primeiro gol, marcado por Diogo Barbosa, em belo chute de fora da área, na inauguração da Arena.

Contudo, ele prefere não criar expectativas para outros dribles.

– O que espero é fazer uma grande partida e ajudar meus companheiros. Uma vitória vai ser muito importante na nossa busca pela vaga na Taça Libertadores.

No sábado, com o elenco quase todo à disposição, ainda não há a definição de como o time vai ser escalado. Mas Airton alerta: para vencer e entrar para a história, o esquema tático não importa tanto.

– Jogamos vários vezes com três volantes, mas o Campeonato Brasileiro é longo, tem as lesões. Não sei se os três volantes voltam. Esperamos fazer o nosso melhor, estamos acostumados e nos conhecemos. Nosso entrosamento está muito bom – completa o volante, de volta ao time agora no Maracanã.

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