Em 2014, ele foi um dos convocados por Felipão para a Copa do Mundo. Com Dunga, Jefferson perdeu espaço e deixou de ser convocado. Quase 11 meses afastados do gramado por conta de duas lesões, o goleiro botafoguense agora mantém a esperança de voltar e disputar a Copa de 2018 sob comando de Tite. Na segunda parte da sua entrevista exclusiva para o L!, o ídolo do Glorioso fala sobre a Seleção Brasileira e destaca "última chance" de jogar Copa do Mundo.
- Temos que ver os pontos positivos. A minha saída da Seleção, não vi motivo técnico, e por isso tenho esperança. Sei o que posso dar, sei o que o Tite pode esperar de mim. Estou motivado nisso. Quando voltar ao alto nível, sei que vou ter oportunidade, respeitando os companheiros, que são de alto nível, mas tenho que acreditar. Sei que é minha última chance de ir a uma Copa do Mundo (reserva em 2014), entendo isso. E até o último minuto eu vou lutar para estar - valorizou o arqueiro botafoguense na entrevista para o LANCE!.
Para realizar o sonho, Jefferson pretende voltar e manter uma boa sequência pelo Alvinegro. Para isso, o goleiro precisa também renovar o seu contrato com o clube, que se encerra no final do ano. Mas sem pressa. antes, ele pretende voltar, recuperar a confiança debaixo do gol e, depois, analisar o planejamento.
- Até agora não conversamos sobre renovação. Quero voltar, jogar bem, para aí sentar e conversar com o presidente. Vou ser sincero: cheguei numa etapa da vida que o que me motiva hoje são planejamento e títulos. Se eu vir o Botafogo interessado em me ver fazer parte do planejamento, pensando em título, eu vou continuar ajudando o clube. Se eu não vir, acho que fica difícil - destaca o capitão alvinegro, ainda completando que não foi procurado pela diretoria:
- As duas partes. Não me procuraram e eu também não estou fazendo muita questão agora. Quero ficar porque estou ajudando dentro de campo e fazer jus ao que o Botafogo me paga - enaltece o goleiro do Botafogo, que deve voltar a jogar no final do mês que vem.
A última renovação do goleiro, no início de 2015, teve idas e vindas e alguns momentos tensos para o torcedor alvinegro. Hoje, Jefferson revela que o então treinador, René Simões, teve papel fundamental, num cenário de muita incerteza pelo qual o clube passava, na transição entre as gestões de Mauricio Assumpção e Carlos Eduardo Pereira.
- Eu estava para renovar ou não e o René Simões (então treinador do time) me ligou e passou todo o planejamento. Foi um ponto positivo para renovar. Falou: "Quero que você participe. Estamos montando time para subir, montando time assim, assim, assim; as contratações são essa, essa e essa." Não dei palpite nenhum, para contratar ou não. Mas eu me senti importante naquele momento. Ali que eu falei: "Estou junto!" A questão era tudo o que aconteceu no passado. A diretoria atual não tem nada a ver com isso. Mas o carinho, a vontade de saber que as coisas estavam certas. Foi um 2014 muito triste, de perspectiva nenhuma, e eu, que sou botafoguense declarado, vi nosso clube largado. Aquilo me doeu muito. Nas palavras do René eu vi esperança de reerguer o Botafogo. Isso, para o jogador, é bom. E me deu esperança - explica.