Gratidão, alegria e trabalho duro: o título do Campeonato Brasileiro de 1995 contado pelos próprios jogadores. Em live realizada na "Botafogo TV", neste domingo, Sérgio Manoel, Túlio Maravilha, Wagner e Gonçalves se reuniram para lembrar detalhes da conquista de 25 anos atrás.
Entre as lembranças de bastidores, os atletas deixaram claro que aquele elenco superou as dificuldades financeiras, se uniu e, em dezembro, bateu o Santos para levantar o troféu.
Confira o que os jogadores falaram:
WAGNER
- Em 95 quase que não ia jogar, eu tinha passado um momento adverso no ano anterior dentro do Botafogo. Mas com muita dedicação. Em 94 eu precisava me afirmar dentro do Botafogo e existia a possibilidade do clube procurar outra pessoa para a posição. Eu tenho muita gratidão pelo Gottardo e Gonçalves na época, porque eles pediram para o Montenegro acreditar no meu trabalho. Esses dois sempre acreditaram e o Montenegro bancou a palavra deles. E aí aconteceu o que aconteceu.
GONÇALVES
- Alguns aspectos foram muito importantes na campanha. A superação que o grupo teve em função o momento difícil que o Botafogo passava, o elenco foi montado sem grana e que a base foi o esforço. Ao longo da competição, nós fomos superando fases de salários atrasados e aumentando nossa performance. Isso fica claro. A gente melhorou nossa autoconfiança e a equipe se entrosando a ponto de chegar vencendo quase todos os adversários no segundo turno.
- Nunca tive dúvidas que seríamos campeões e que não perderíamos em São Paulo. o final do jogo, a torcida do Santos estava comemorando e a do Botafogo não. Aí eu fui lá e pedi para eles gritarem. Minha veia tava quase saindo. Estava transtornado. A equipe se motivou ainda mais. Foi um divisor de águas.
TÚLIO
- A comissão técnica, os preparadores físicos, a gente não pode esquecer desses personagens que fizeram tanta coisa nos bastidores. Tudo isso contribuiu para que a gente pudesse superar a maratona de jogos. Todo mundo é merecedor desse título.
SÉRGIO MANOEL
- Essa rapaziada treinava para caramba, ninguém fugia de treinamento. Nossos preparadores, Ronaldo, Jorge, Charles, Valteir e a gente tinha uma semana que ela era muito boa de trabalho. Isso dava muita condição dentro de jogo. Eu sabia que qualquer bola que eu achasse o Túlio e o Donizete era gol, eles estavam no auge. Quase todos foram para a Seleção. O vestiário era muito bom. A gente tinha a mentalidade de trabalhar para conquistar.