Se está em vias de conquistar o acesso na Série B do Brasileirão, o Botafogo também busca evoluir no que diz respeito a questões fora de campo. O clube, por exemplo, deu entrada durante a semana em um plano de pagamentos junto à Justiça do Rio de Janeiro visando a centralização de dívidas com os credores e a queda de penhoras.
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Outro movimento importante do Alvinegro fora das quatro linhas foi fechar uma parceria com a XP Investimentos visando empresas/pessoas interessadas em colocar dinheiro no projeto S/A, que visa profissionalizar o departamento de futebol do Alvinegro. O clube busca uma atuação no mercado exterior.
Um dos principais responsáveis por essas mudanças é Jorge Braga, CEO contratado no começo do ano. O executivo é contra prometer e não cumprir e afirmou que o projeto da S/A aparece de forma promissora.
– É um momento de choque de cultura, mudança de mentalidade, e nós não fazemos promessas milagrosas. Estamos trabalhando para entregar resultados. A chegada da XP coroa um projeto desenhado por nós, que agora tem o suporte de uma das principais instituições financeiras do país. É um momento único para o clube, pois iremos mostrar aos investidores o que está sendo construído no Botafogo - pontuou Braga.
O Botafogo tenta se transformar em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), algo que facilitaria ainda mais a possível entrada de investidores. Um dos fatores que podem ajudar é a recente mudança da lei no Brasil, que agora permite que os clubes com formato de gestão empresarial possam pleitear, através de um plano de credores, a destinação de parte de suas receitas para o pagamento de dívidas em fase de execução.
– Nos vemos inseridos dentro das diretrizes impostas pela lei da SAF, com práticas modernas, controle fiscal e profissionais qualificados nos departamentos financeiro e tributário. Hoje, o Botafogo é o produto de investimento mais interessante do futebol brasileiro. A parceria com a XP comprova isso. Estamos um passo à frente das demais instituições esportivas, antes era no conceito de gestão, e agora também na parte de execução - completa Jorge Braga.