Uma frase de John Textor, investidor do Botafogo, dita ao jornalista Rodrigo Capelo, do 'ge', dominou o noticiário ontem: "Hoje, eu tenho mais dinheiro do que o Barcelona", disse o empresário americano, que está no Rio de Janeiro para concluir a compra da SAF, recebendo 90% do controle do Glorioso.
Havia contexto: Textor estava falando sobre a possibilidade de contratar Cavani, atacante uruguaio também desejado pelo clube catalão. Mas, ainda que a frase sirva para evidenciar a ambição de montar um time forte, ela também não deixa de ser um gracejo dito para empolgar torcedores, que enxergam na venda do clube a esperança de resgatar os anos de glórias.
Sim, O Botafogo precisa de um time mais competitivo e é natural que isso aconteça com o aporte estimado de R$ 400 milhões até três anos após a assinatura do contrato. Mas o clube tem hoje uma dívida próxima de R$ 1 bilhão e não se imagina que a transformação será feita num toque de mágica e na velocidade que a torcida anseia.
O exemplo do Crystal Palace, também gerido por John Textor, é um exemplo que não pode ser ignorado. O clube se firmou na Premier League, mas ainda está muito longe de duelar de igual para igual contra as maiores forças inglesas. A animação é inevitável e espera-se que a SAF recoloque o Botafogo nos trilhos.
Antes, porém, é preciso cuidado para não causar distorções e ilusões. Afinal, o Botafogo não é o Barcelona, mas sua torcida o enxerga como o gigante que já foi um dia.
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