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Léo Figueiró: ‘Quero escrever a história do Botafogo no basquete’

Com 100% de aproveitamento no enxuto Estadual, Alvinegro está garantido nas finais e pode quebrar hegemonia do Fla nos últimos 14 anos: 'Não é apenas uma preparação'

Figueiró
Na segunda temporada no comando do Botafogo, Figueiró mira era vitoriosa no clube | Divulgação

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Se um dos maiores desafios do Botafogo no Estadual de basquete é quebrar a hegemonia do rival Flamengo, que há 14 anos não perde o torneio, os alvinegros podem ter certeza que estão no caminho certo. O Glorioso derrotou os arquirrivais no primeiro turno e vão para o segundo duelo já garantidos na decisão. Mesmo com o bom desempenho na briga pelo título, o técnico Léo Figueiró descarta o pensamento de ser simplesmente a nova "pedra no sapato" da equipe da Gávea.

Há menos de um ano e meio no clube e com números surpreendentes no processo de reestruturação do Alvinegro na modalidade, o verdadeiro objetivo do treinador é levar a equipe de General Severiano ao topo do basquete nacional.

- Eu estou buscando escrever a história do Botafogo e não quebrar a hegemonia do Flamengo. Embora o resultado seja o mesmo, é uma maneira diferente de pensar. Não é quebrar essa hegemonia que me motiva. O que me motiva realmente é escrever a história do Botafogo no basquete - disse Figueiró ao LANCE!.

Com grandes planos para a disputa do NBB e do Sul-Americano e mesmo ciente das dificuldades que o torneio Estadual vem enfrentando, o treinador alvinegro não cogita encarar a competição carioca apenas como preparação para o restante da temporada. De olho no título, Figueiró ressalta a tradição do basquete na cidade do Rio de Janeiro na hora de avaliar a importância do torneio que conta apenas com Bota, Fla e Niterói.

- Não dá para encarar o Estadual apenas como uma preparação. Mesmo somente com Niterói e Flamengo, são jogos históricos, contra um rival de longa data, então todo mundo quer sair com a vitória e vai se entregar o máximo. Ano passado contamos também com o Vasco e em algumas épocas com todos os gigantes do Rio de Janeiro, então temos que saber o valor que tem essa competição. A gente entra para buscar o título - analisou.

Com as vitórias por 88 x 54 e 90 x 49 sobre o Niterói e 100 x 98 sobre o Flamengo, o próximo compromisso do Botafogo é nesta sexta-feira, às 20h, novamente contra o Rubro-Negro. A partida será realizada no Ginásio do Tijuca e encerra a primeira fase da competição, que ainda conta com o duelo entre Fla e Niterói nesta quarta-feira. As finais do Estadual, ainda sem local definido, ocorrem nos dias 26 e 29 de setembro e 1º de outubro (se necessário).

Basquete Botafogo
No primeiro duelo, Bota bateu o Fla por 100 a 98 | Vitor Silva/Botafogo

Confira a conversa de Léo Figueiró com o LANCE!:

Qual o olhar do Botafogo para o enxuto Estadual de basquete antes da disputa do NBB e Sul-Americano?
É início de temporada, não teremos todo mundo na sua melhor condição. Mas não dá para encarar o Estadual apenas como uma preparação. Mesmo somente com Niterói e Flamengo, são jogos históricos, contra um rival de longa data, então todo mundo quer sair com a vitória e vai se entregar o máximo. Ano passado contamos também com o Vasco e em algumas épocas com todos os gigantes do Rio de Janeiro, então temos que saber o valor que tem essa competição. A gente entra para buscar o título.

Com 100% de aproveitamento e já finalista, como vocês enxergam a possibilidade de quebrar a hegemonia do Flamengo nos últimos 14 anos?
Eu estou buscando escrever a história do Botafogo e não quebrar a hegemonia do Flamengo. Embora o resultado seja o mesmo, é uma maneira diferente de pensar. Não é quebrar essa hegemonia que me motiva. O que me motiva realmente é escrever a história do Botafogo no basquete.

Qual a sensação de, em tão pouco tempo, levar o basquete do Botafogo a um patamar inédito na história do clube?
Fui muito feliz nas pessoas que busquei para trabalhar junto, desde a comissão técnica até os jogadores. Isso facilitou muito diante de um perfil que eu tracei.Acho que conseguimos as peças que entravam direitinho naquilo que imaginávamos. Isso ajudou muito nesse processo. Uma equipe muito boa, competente e muito compromissada. Isso foi fundamental para que, nesse pouco tempo, a gente pudesse conseguir elevar o nível do Botafogo, chegar numa competição internacional e estar entre as melhores equipes do Brasil.

Figueiró
Figueiró: 'Minha comissão é fundamental nesse processo' | Divulgação

O título de melhor técnico da temporada na sua estreia com o Botafogo no NBB serve como incentivo ou acaba sendo um fator a mais de pressão para próxima temporada?
Com certeza serve de incentivo. As coisas estão caminhando de uma forma muito legal. Nada disso acontece por mérito meu apenas, lógico que eu faço parte do processo, mas tenho que agradecer muito aos jogadores e toda minha comissão técnica. São pessoas fundamentais nesse processo todo. Acabo ganhando o reconhecimento, mas divido com cada um porque sem eles nada teria acontecido. É um incentivo a mais, tanto o título de melhor técnico, como a seleção brasileira sub-21 campeã no Sul-Americano. São coisas assim que me fazem querer estar sempre evoluindo e buscando passos maiores no basquete.

Tendo o Flamengo e o Botafogo em alto nível no basquete nacional, o que você acha que falta para o basquete carioca voltar a viver os áureos tempos com mais clubes em atividade?
O carioca gosta muito de basquete. Foram grandes clássicos no Maracanãzinho, finais de Brasileiro. Temos um grande público aqui, mas ao mesmo tempo temos os grandes clubes com dificuldades. Sabemos que não é fácil fazer esporte. Nossa equipe mesmo acabou sendo muito questionado nessa semana, mesmo sem afetar em nada o andamento do futebol. Acho que hoje em dia, esperar o retorno de Fluminense e Vasco não é algo para se pensar em curto prazo. Acredito que uma alternativa muito viável para o Rio é investir no interior. Já tivemos Campos, Macaé, Friburgo, Angra dos Reis e outras tantas equipes de qualidade. Então vejo como um grande caminho a possibilidade de difundir o basquete pelo interior para fazer as coisas voltarem a caminhar. E isso nas categorias de base até chegar no adulto. Acredito que assim o público que tanto gosta de basquete possa desfrutar de um campeonato ainda melhor no futuro.

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