A arbitragem do clássico entre Botafogo e Flamengo pelo Carioca ainda vem gerando muito incômodo em Luís Castro. O treinador criticou as decisões do juiz em Brasília, relembrou da invasão da polícia e analisou o lado psicológico dos jogadores alvinegros.
– Comportamento gera comportamento. Contexto gera contexto. Estamos todos de acordo. Acho que o jogo deveria ter acabado aos cinco minutos porque vi o árbitro correr dos jogadores do Flamengo. A partir dali, estava claro que não tinha confiança para arbitrar aquele jogo. Nunca vi correr dos meus jogadores. Enfrentou meus jogadores. Contexto gera comportamentos. Vi essa peça de teatro terminar com um pênalti sobre o Matheus Nascimento que nem percebi se o VAR avaliou. Comportamento gera comportamento. Vi no meio de tudo isso a polícia, achei que sairíamos de campo e a polícia jogaria contra o Flamengo - declarou Luís Castro, em entrevista coletiva no Espaço Lonier.
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O técnico português também cobrou explicações dos responsáveis pela arbitragem e também pela segurança da partida.
- Meus jogadores não tinham esse histórico até o jogo com o Vasco. Então tínhamos o melhor psicólogo do mundo e o melhor coaching. Tínhamos comportamento exemplar, em dois jogos não tivemos. Não fujo ao problema, enfrento, e internamente resolvemos. Sabemos o caminho a percorrer para atingir o objetivo. Sabemos que o crescimento do Botafogo é refletido por muitas pessoas e nos leva a alguns comportamentos. Eu, como ser humano, penso o que quiser dos últimos clássicos. Sei o que trabalhamos, lutamos e nos dedicamos. Por que os meus jogadores foram expulsos e os deles não? Por que o árbitro correu à frente dos jogadores o Flamengo e dos nossos não? Venham explicar, falem. Por que só falam dos meus jogadores? Só eles precisam de psicólogo? Os árbitros não? Quem dirige o futebol não? - completou.
Pensando no duelo da Copa do Brasil, Luís Castro afirmou que as confusões do clássico ficaram para trás. O técnico afirmou que os jogadores estão prontos para partida em Sergipe e descartou um favoritismo alvinegro.
– Meu papel como treinador é defender meus jogadores, dar paz à administração, dar confiança à torcida e ser um líder à frente, que representa a equipe do Botafogo e vai a defender em todos os momentos. O problema está ultrapassado. Estamos prontos para enfrentar o Sergipe. Não tem a ver com o que ficou para trás. Confiança total no que somos. Respeito pelo Sergipe, mas prontos para abordar o jogo - afirmou Luís Castro, que também falou sobre os cuidados para o duelo:
– Jogo perigoso. Nos Estaduais vemos que acontecem surpresas permanentemente. Não quero que aconteça conosco nesta outra competição. Favoritismo é algo que não devemos pensar, essa palavra não existe. Vamos jogar. Queremos ganhar. Estamos confiante e sabemos das nossa responsabilidade. A Copa do Brasil é algo muito querido pelo Botafogo, uma competição muito respeitada. Estamos prontos. Sabemos que é um jogo difícil e de grande responsabilidade, que é proporcional aos nossos deveres - finalizou.
Sergipe e Botafogo se enfrentam nesta quinta-feira, às 20h, no Estadual Lourival Baptista, pela primeira fase da Copa do Brasil. Vale lembrar que os alvinegros precisam apenas de um empate para se classificar.