Luís Castro, do Botafogo, analisa futebol brasileiro e faz reflexões

Em evento da CBF, português afirma que jogo no Brasil é analisado de forma coletiva e pouco individual e faz críticas a estado de gramados ao redor do país e calendário

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Luís Castro ainda vive os primeiros meses no Brasil. O treinador sequer completou seis meses no comando do Botafogo, mas já carrega uma vasta experiência de outros empregos que possui.

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O português foi um dos convidados do primeiro dia da CBF Expo, feira de negócios organizada pela entidade, nesta segunda-feira em São Paulo. O comandante fez uma reflexão sobre o futebol brasileiro e os problemas que ele identificou.

- Quando nós escolhemos um projeto, trabalho, clube, gera expectativa em nós. E a expectativa que gera em mim é que quando eu saí de Portugal, o objetivo era treinar no Brasil. Porque sempre que eu via futebol brasileiro eu via paixões nos estádio, torcida apaixonada pelo jogo, jogos intensos, jogos disputados até mais do que era o normal, e me gerou expectativa no dia a dia de trabalhar - afirmou.

- Estado dos gramados, que devem ser mais bem cuidados. O calendário eu já sabia que era apertado, para mim nem tanto, porque não tenho Sul-Americana e Libertadores, mas me coloca na pela de alguns companheiros, e os elencos precisam ser mais numerosos. Eu posso ter 34 jogadores, mas como eu vou treinar 34 jogadores? - questionou.

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Castro também falou sobre a imprensa e a forma como o futebol é tratado para com o público.

- O jogo é analisado de forma muito individual e muito pouco coletivo. Surpreendeu a forma pouco elaborada e pouco cuidadosa como se lê o jogo. Vi muitos comentários de jogos e se fala muito da torcida. Muitas vezes fala mais da torcida do que dos jogadores que estão em campo. Eu dou muita importância à torcida, e a torcida do Botafogo é fantástica, mas parece que o jogo é o menos importante de todo o fenômeno à volta do futebol, quando acho que o jogo é o mais importante - analisou.

MAIS DECLARAÇÕES DE LUÍS CASTRO

Brasil
- Mas estou aqui para falar de um país que é pentacampeão do mundo, que exporta jogadores a todo mundo. O resto do mundo já procura talentos com 15 e 16 anos.

Brasileirão
- Os jogadores de todas as equipe que jogamos, os jogadores sabem receber, sabe passar, a paixão nos estádios, mas alguns fatores ficam aquém.

Experiências
- Venho do país mais rico do mundo, que é o Qatar, que tem um conjunto de fatos por ter um nível de infraestrutura muito bom. Mas, ainda que eu não tivesse grandes expectativas, vi coisas que esperava mais

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