Após dois anos de controle, o Botafogo vai tendo que lidar com uma rotina de salários atrasados. A diretoria até conseguiu quitar parte dos vencimentos de maio, mas a situação segue apertada para os próximos meses, e a folha de junho está para vencer. Um dos mais experientes - e que está há mais tempo no clube - Luis Ricardo revela que conversou com o vice-presidente de futebol, Gustavo Noronha, passou confiança do grupo à diretoria e buscou minimizar efeitos do não pagamento em dia.
- Na verdade isso é algo que não acontecia aqui no Botafogo, mas todos os clubes passam por isso. Eu conversava com o Noronha e eu dizia que eles têm muito crédito. Desde 2015, quando eu cheguei, nunca atrasou. Isso é raro. Eu falei que eles têm crédito. É claro que a gente gostaria de receber em dia. Sabemos da importância de vender um jogador ou outro - ponderou o lateral.
A atual diretoria, com poucas alterações, assumiu o clube no fim de 2014 e a última vez que houve atrasos de tamanho parecido foi entre fevereiro e março de 2016. No fim do ano passado, houve dias de desacerto entre novembro e dezembro. O clube aguarda pela venda de atletas para quitar os débitos.
- Dívidas trabalhistas influenciam. Com certeza estão trabalhando para saná-las. Não é do feitio do Botafogo atrasar salário e sabemos que isso vai ser resolvido o mais rapidamente possível - afirmou Luis.
A entrevista de Luis Ricardo foi concedida após o primeiro tempo do jogo-treino contra o Audax, disputado com os titulares e terminado num empate em 0 a 0. Na segunda etapa, com reservas, o Glorioso perdeu por 1 a 0.