Melhor defesa e ‘pior ataque’: Bota mostra polarização entre setores

Botafogo tem, ao lado do Flamengo, a melhor defesa do Carioca, com apenas três gols sofridos. Entretanto, ataque é o pior entre os grandes e somente o sétimo do Estadual

imagem cameraRicardo Gomes se mostrou satisfeito com a dupla de zaga com Carli e Emerson (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 01/03/2016
20:40
Atualizado em 02/03/2016
08:31
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O início de ano do Botafogo, com seis vitórias e um empate em jogos oficiais, deixa até o mais otimista torcedor aliviado. Se havia desconfiança, ela minimamente diminuiu, principalmente depois dos clássicos contra Fluminense e Vasco. No entanto, em uma análise mais técnica, dá para perceber facilmente o que o time de Ricardo Gomes ainda precisa evoluir. Basta apenas olhar as estatísticas.

Ao lado do Flamengo, o Alvinegro é o time que menos sofreu gols no Campeonato Carioca: apenas três nas sete rodadas disputadas. A média é invejável: menos de um gol a cada duas partidas. Se o sistema defensivo é elogiado, o mesmo não se pode dizer do ataque. Apesar da boa campanha, o Botafogo é apenas o sétimo melhor no quesito, com 11 gols. É inferior aos três grandes e também a Boavista, Bangu e Madureira, que devem se classificar para a Taça Guanabara.

A expectativa da comissão técnica é que a entrada de Neilton e Salgueiro, contratados para o time titular, melhore o setor ofensivo. Os dois ainda não estão no ritmo ideal, mas são considerados titulares por todos em General Severiano. Além disso, a diretoria ainda observa o mercado para reforçar o ataque. Por ora, a defesa é bem avaliada, graças ao bom rendimento neste início de temporada.

O esquema adotado por Ricardo Gomes também “ajuda” nessa polarização entre os dois setores. Com três volantes com características mais defensivas, a zaga fica mais protegida. Afinal, Gegê ajuda a formar a segunda linha e os jovens atacantes, Luis Henrique e Ribamar, marcam bastante. A tática, entretanto, também dificulta o setor ofensivo, que nem sempre ataca com mais peças do que a defesa adversária. Algo que, certamente, já é analisado por Ricardo Gomes.

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