O ex-presidente do Botafogo e integrante do Comitê Gestor de Futebol do clube, Carlos Augusto Montenegro, mostrou otimismo com o andamento das negociações com o marfinense Yaya Touré pós-pandemia. O dirigente comentou, neste domingo, sobre as publicações recentes feitas pelo jogador nas redes sociais, em que usa símbolos de uma bola de futebol e um fogo nas legendas. Para ele, o gesto pode ser sim uma alusão ao Glorioso.
– Isso é uma boa pista. Muita gente pergunta como o Botafogo faz isso sem dinheiro. É um projeto do Ricardo Rotenberg, que vislumbrou isso. Encontrou como sócio a torcida do Botafogo. Quem está trazendo esses jogadores chama-se torcedor do Botafogo.Tenho certeza que na hora certa vai acontecer, não acho legal pensar em futebol agora. Primeiro, impedido pela distância. Segundo, porque as pessoas estão mais focadas em cuidar da saúde - disse o dirigente em entrevista à Rádio Tupi, para depois completar.
- Isso do Yaya ficar postando essas coisas mostra que adquiriu um amor ao Botafogo, até por causa da torcida que invadiu o Twitter e Instagram. O Brasil sempre foi e continua sendo o país do futebol respeitado por todo o mundo. A África tem uma adoração pelo Brasil. Eles estão aprendendo a conhecer o Botafogo, saber a importância daquela estrela, que até hoje é o clube que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira. Esses jogadores ficam empolgados com o clube, a torcida e o Brasil – comentou.
Questionado se Touré já estaria apalavrado como Botafogo, Montenegro foi mais reticente.
– Apalavrado eu aprendi no futebol que tem que estar assinado. Mas ele fala quase todo dia com o Ricardo (Rotenberg). Tem muitas palavras nessas conversas diárias, mas vamos aguardar.
Honda com custos pagos
Além de Yaya Touré, o nigeriano Obi Mikel também está na mira do clube. A empolgação vem do sucesso obtido com a contratação do japonês Keisuke Honda. Segundo o dirigente, o valor arrecadado com a chegada do astro internacional já arcou com os custos e ainda rendeu um valor extra ao caixa alvinegro.
– O Honda rendeu quase R$ 6 milhões ao clube. Ele tem um custo entre R$ 3,3 e R$ 3,5 milhões por ano. Ou seja, esse projeto já pagou o Honda um ano e ainda deixou algum dinheiro para o clube sobreviver no início desse ano – finalizou Montenegro.