Mudou o tom? Jefferson não crava adeus: ‘A princípio paro no fim do ano’

Ídolo alvinegro, goleiro de 35 anos também afirmou que o presidente do clube não crê que as suas luvas serão penduradas em dezembro

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Aos 35 anos, Jefferson já deixou o terreno preparado em relação à sua aposentadoria, anunciada há meses para dezembro. No entanto, o discurso do hoje titular goleiro do Botafogo está sendo alterado, ao que parece, há mais ponderações quanto à decisão de encerrar a carreira.

Nesta quinta-feira, por exemplo, Jefferson não foi incisivo quanto ao término de sua trajetória. Tanto que usou o termo "a princípio" para finalizar a seguinte questão na entrevista coletiva, após o treino no campo anexo do Nilton Santos - local em que saiu como destaque do clássico contra o Fluminense, na segunda.

- A questão da aposentadoria, estou bem ciente da decisão que eu tomei. Quero parar por cima, feliz, há muita coisa para acontecer até o final do ano, mas vamos jogo a jogo. Tem dois tipos de aposentadoria: a que você se aposenta e a que o time aposenta você. Posso ficar em uma oscilação, quando vou bem, sigo confiante em jogar mais, quando vou mal, acabo pensando em parar. A princípio vou parar no fim do ano - disse o ídolo alvinegro, completando:

- Nunca falei de parar por questão de idade. Até porque, 35 anos pode ser considerado novo ainda, para goleiro. Quando você fica parado um bom tempo, você acaba perdendo espaço, prestígio. A questão de não estar jogando, só treinando, eu me cobro muito por aquilo que eu represento ao Botafogo. Tenho que pensar em mim, na minha família... Envolve muita coisa, não só dinheiro - concluiu o raciocínio. 

Pelo discurso, é possível, ainda que remotamente, que Jefferson repense a aposentadoria no caso de uma eventual classificação à Libertadores ou de um título relevante (o Botafogo disputa Sul-Americana e Brasileiro). Internamente, paralelo ao relato pessoal negando projeções para 2019, afirmou que o presidente Nelson Mufarrej sequer acredita que vá parar ao fim do ano. 

E SELEÇÃO BRASILEIRA?

Enquanto o torcedor alvinegro aguarda o martelo batido em relação à carreira, Jefferson também respondeu sobre a Seleção Brasileira. Para ele, há realização e resignação sobre a atual situação, além, é claro, de torcida pelos companheiros que representarão o país na Copa do Mundo, em junho.

- Hoje estou bem conformado. Me doeu muito no período da lesão (no braço esquerdo, em meados de 2016). Sabia que ia perder muito tempo, tinha a possibilidade de disputar a Olimpíada na época. Fui me conformando com a situação e, hoje, torço para os meus companheiros lá e fico muito feliz por tudo que passei na Seleção. São grandes jogos que fiz na Seleção. Sou realizado.

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