Para especialista, times cariocas perdem com incerteza de onde jogar
Apesar do aumento do número de sócios-torcedores do Botafogo, Cesar Gualdani aponta que equipes do Rio de Janeiro ainda sofrem com as mudanças de mando de campo
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O Botafogo vem de uma sequência positiva atuando na Arena Botafogo: são duas vitórias e um empate na 'nova casa'. Desde o anúncio da parceria com a Portuguesa Carioca para a utilização do Estádio Luso-Brasileiro, o número de sócios-torcedores do Glorioso aumentou de forma significativa. O salto é de 43,5% entre abril e o início de agosto, segundo apurou o LANCE!. Ainda, o balanço de março fechou com 5.415 membros no Sou Botafogo, o programa sócio-torcedor da instituição, dados também confirmados pelo Movimento por um futebol Melhor.
Para Cesar Gualdani, sócio-diretor da Stochos Sports & Entertainment, apesar de o Botafogo ter apresentado tal crescimento, os números poderiam ser ainda maiores:
- Eu olho com bons olhos o Botafogo recuperar o aumento de sócios-torcedores ao longo do campeonato, mas ainda existe um potencial grande de crescimento. Por enquanto, ainda é muito tímido. Um clube como o Botafogo, que hoje tem cerca de dois milhões de torcedores no Brasil inteiro, se tiver entre 40 ou 45 mil sócios-torcedores, será um bom número - explicou o consultor.
Segundo ele, a falta de novas adesões acontece também por conta da incerteza que os clubes cariocas têm em relação ao seus mandos de campo. O Botafogo, por exemplo, ajudou na reforma do Estádio Luso Brasileiro para ter uma casa, enquanto o Flamengo teve que viajar longas distâncias para poder mandar seus jogos. Para Gualdani, torcedores e clubes perdem com isso.
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- O simples fato de os clubes terem deixado de jogar em seus estádios, principalmente na capital, isso gera um impacto significativo não só em receita, como também em performance. Uma vez que você não tem torcedores apoiando, você tem que sair da sua cidade, tem despesas com viagens, uma série de outros insumos, como pagar aluguel de outros estádios. Com certeza, o clube sofre algum tipo de abalo, além do próprio torcedor que fica na incerteza de um calendário sem saber onde que seu time mandará os jogos. Isso é básico para qualquer equipe que queira implementar um plano de sócio-torcedor - finalizou.
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