Jair Ventura é treinador do Botafogo há um ano e três meses. Tempo quase utópico na rotina decepadora de comandantes do futebol nacional. Foi eleito o técnico revelação do Campeonato Brasileiro do ano passado, comandou a campanha da equipe na Copa Libertadores... tudo isso fez com que só na noite deste sábado, na derrota para o Fluminense, ele ouvisse os primeiros gritos de "burro". Mas diz concordar com as críticas que ouviu da arquibancada.
- Virei treinador hoje. Fui batizado. Durou para caramba (o período sem ser chamado de burro). Sabia que aconteceria uma hora ou outra. Mas eu gosto de chamar a responsabilidade, por isso sou treinador. É mais que normal. Fiz um péssimo jogo com a equipe. Pelo nosso jogo de hoje eles têm que xingar bastante - admite Jair.
As substituições não surtiram o efeito desejado no Clássico Vovô. O gestual do treinador, tão evidente já nas vitórias, foi mais visto ainda.
- Eu gesticulei o jogo quase todo. Estávamos muito aquém. Não sou de culpar os jogadores, a responsabilidade é sempre minha. Nunca vou culpar os atletas. Conversamos internamente - minimizou, em relação aos lances que resultaram os gols do Tricolor.