Procuradoria do STJD decide pelo arquivamento de suposto ‘slogan nazista’ em frase de organizada do Botafogo

Procurador diz que não há brecha para assunto ser julgado em esfera desportiva

imagem cameraTema ficou em pauta devido à frase 'Antes morto que vermelho'
Avatar
Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 11/09/2023
14:38
Atualizado em 11/09/2023
14:51
Compartilhar

A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) tomou sua decisão em relação ao episódio no qual  Botafogo havia sido acionado (entenda mais aqui). O órgão pediu o arquivamento da notícia de infração enviada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em relação à frase interpretada como uso de “slogan identificado como adaptado da ofensiva nazista alemã contra o comunismo”, feita pela organizada “Loucos Pelo Botafogo". A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Wellington Campos e confirmada posteriormente pelo Lance!.

A organizada havia publicado em uma rede social a frase "Antes morto que vermelho", com o intuito de mobilizar torcedores alvinegros para o clássico diante do Flamengo, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Por isto, a ABI solicitava denúncia e punição de R$ 100 mil ao Botafogo por ter desrespeitado o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). De acordo com a Procuradoria, a conduta aconteceu em "ambiente virtual", não havendo margem para entrar em esfera desportiva, destacou:

+ Pausa necessária? Assim como em junho, Botafogo pode usar Data Fifa para superar momento turbulento

+ + Já pensou em ser um gestor de futebol? Participe da nossa Masterclass com Felipe Ximenes e descubra oportunidades

"Portanto, seja pelo que dispõe o CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), seja pela própria jurisprudência consolidada deste Colendo STJD, não há previsão legal para estender a responsabilidade da entidade de prática desportiva pelas condutas praticadas pelos seus torcedores em ambiente virtual".

A Procuradoria ainda considerou importante registrar que as condutas descritas como criminosas pela noticiante poderão ser apuradas pelas autoridades policiais competentes".

Siga o Lance! no Google News