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Relembre as declarações dos dirigentes do Botafogo sobre volta aos treinos

O Botafogo confirmou ter acatado a sugestão da Prefeitura do Rio de retomar os treinos presenciais a partir do dia 1º de junho e a volta dos jogos do Carioca entre 28 de junho e 4 de julho, dependendo do avanço do número de casos no estado. O Glorioso, no entanto, não disse se vai liberar o elenco para as atividades propostas. O recuo na posição firme demonstrada desde o início da pandemia do COVID-19 causou polêmica entre torcedores alvinegros nas redes. Relembre as declarações dos dirigentes do clube sobre o tema
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No dia 16 março, o Botafogo suspendeu por 15 dias os treinos do profissional e da base. No anúncio, o clube estabeleceu como prioridade mitigar a propagação do COVID-19. A decisão se deu após reunião na sede da Ferj, com representantes dos clubes e Sindicato dos Atletas e de Treinadores. O Glorioso, desde o princípio, votou a favor da paralisação do Estadual
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No final de março, os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro se reuniram para o lançamento da campanha "Contra a COVID-19 é torcida única". Na ocasião, o presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej, convocou a torcida alvinegra para participar do movimento e deixar a rivalidade apenas para o campo
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Em abril, o dirigente Carlos Augusto Montenegro subiu o tom e disparou contra a Ferj pelas tentativas de retorno do futebol em meio à pandemia: "Só vamos voltar quando as autoridades liberarem pessoas para trabalhar. Se a Federação quiser antes, o Botafogo não vai jogar"
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No mesmo mês, Montenegro atacou a postura do Flamengo na pandemia e citou a tragédia do Ninho do Urubu, em 2019, em que dez atletas da base morreram após um incêndio nos alojamentos: "O Flamengo, que já passou por uma tragédia com os garotos e está querendo arriscar de novo a vida dos atletas? É ridículo! Se fizer isso, está preparando uma outra tragédia. Agora, calculada. O Flamengo deveria ser, até pelo trauma, o primeiro a defender a quarentena, mostrando que aprendeu a lição. Muito triste isso" 
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Em maio, após o término das férias de 30 dias do elenco, a diretoria reforçou que, mesmo com uma possível aprovação da CBF e Ferj, as atividades continuaram sendo realizadas à distância, com cada atleta seguindo uma programação de casa
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Ainda no início de maio, a CBF entrou na mira de Montenegro pela postura diante da pandemia: "Se vier pressão de CBF, Ministério da Saúde, Federação para iniciar treinos nessa situação que estamos vivendo no mês de maio, o Botafogo não vai jogar. Cada ponto perdido vai ser uma vida salva. Como vou dormir à noite se um atleta meu sai para treinar, se contamina, vai para o hospital e não tem vaga para ele? É como se fosse um circo, vão lá colocar os palhacinhos jogando mesmo sem público e danem-se eles, põe para jogar porque vai alegrar as pessoas domingo à tarde em casa. É uma falta de respeito, uma coisa inescrupulosa, horrível"
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No dia seguinte foi a vez do técnico Paulo Autuori engrossar o coro dos insatisfeitos com a pressão para o retorno aos gramados: " Me parece uma sandice falar sobre o retorno das equipes de futebol neste momento. Demonstra uma preocupante falta de conhecimento dos responsáveis a favor dessa medida sobre a complexa rotina dos treinamentos de futebol. Ausência de preocupação e de respeito aos profissionais, especialmente daqueles mais sacrificados, que não são jogadores nem membros da comissão técnica. Querem futebol de volta? E daí? Lamento", disse Autuori, usando uma expressão polêmica do presidente Jair Bolsonaro
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No dia 8 de maio, a Ferj publicou um nota de esclarecimento com o apoio de 14 clubes do Rio de Janeiro, na qual é reforçado o desejo reiniciar os treinos em obediência ao protocolo médico elaborado para a situação. Entre os 12 clubes da primeira divisão do Campeonato Carioca, só Botafogo e Fluminense não assinaram o documento
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No mesmo dia, o presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej, se manifestou  de forma contrária à nota publicada pela Ferj: "É questão de coerência a nosso posicionamento público. Estamos próximos ao pico da pandemia, com o sistema público de saúde perto da asfixia e o que mais se fala é em lockdown. O futebol pode esperar. O retorno tem que ser orgânico. Respeito a atitude dos demais clubes, mas entendemos ser a hora de preservar a saúde de todos e por isso não assinamos" 
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No dia 20 de maio, Montenegro fez duras críticas à reunião dos presidentes de Flamengo e Vasco com Jair Bolsonaro, em Brasília, para discutir o retorno do futebol: "O Flamengo já enterrou um massagista, tem jogadores e profissionais contaminados. Tirar eles das famílias em momento de tensão e recordes de mortes. Fora da realidade. Não sei bem o que quer o Flamengo. Será que o Campeonato Carioca será contra Gama, Brasiliense? Ou jogará somente com o Vasco? Tomara que não tenham de treinar no [cemitério] São Joao Batista, Caju ou Jardim da Saudade"
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Na última sexta-feira, o técnico Paulo Autuori voltou a se posicionar de maneira firme contra o retorno às atividades: "Um dos momentos mais complicados que estamos a passar. Qualquer profissional de qualquer segmento quer voltar a trabalhar normalmente, nós aqui não somos diferente. Mas a necessidade nos faz pensar que não é o momento. É incrível como as pessoas não têm o mínimo de sensibilidade. Não é para voltar de maneira precipitada, acredito que clube algum esteja 100% pronto para voltar nesse momento"
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No último domingo, os clubes do Rio de Janeiro se encontraram o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, para debater um possível retorno das atividades esportivas. O Botafogo foi ausência no encontro. Por meio de uma nota, Nelson Mufarrej, presidente do Alvinegro, reiterou a posição da diretoria: "Reafirmamos não ser o momento para voltar a ter treinos presenciais. O futebol é um instrumento de altíssimo impacto e repercussão social. Passar essa imagem de retorno imediato, no auge da crise, de mortes, com a curva ainda em ascensão , é estar em desconexão com a realidade" 
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No dia seguinte, o Botafogo confirmou contatos telefônico com o Prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Em publicação no Twitter, no entanto, mostrou uma posição mais maleável, quando disse ter acatado a sugestão do alcaide para retomar treinos dia 1° de junho e jogos do Carioca entre 28 de junho e 4 de julho. O recuo repercutiu mal entre a maioria dos torcedores, que se manifestaram indignados nas redes
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Horas depois, também na última segunda-feira, o Botafogo se uniu ao Fluminense para tentar barrar reunião da Ferj, para tratar do retorno dos jogos e treinos no estado. Os presidentes Mário Bittencourt, do Fluminense, e Nelson Mufarrej, do Botafogo, assinaram um pedido conjunto de impugnação dos itens em votação Conselho Arbitral da Série A, endereçado ao presidente da Ferj, Rubens Lopes, e ao Diretor de Competições da federação, Marcelo Vianna.
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Publicado por Fernanda Teixeira