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Lance!
Belo Horizonte (MG)
Dia 20/04/2025
19:53
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Renato Paiva foi questionado sobre a ausência dos reforços do Botafogo na derrota para o Atlético-MG. Rwan Cruz, Elias Manoel e Mastriani ficaram no banco de reservas. Segundo o técnico, os jogadores não são utilizados por custarem R$ 50 milhões.

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- Eu não coloco jogadores porque custam 50 milhões. David Ricardo jogou e não custa 50 milhões. O scouting do Botafogo é à prova de bala. Basta ver atrás ou só vemos o que se erra? Não podemos ver só o que se erra, mas o que se acerta também - avaliou Renato Paiva. E emendou:

- Acho que o scouting do Botafogo, o mesmo que trouxe o Rwan foi o mesmo que trouxe o Luiz Henrique, o Almada e o Junior Santos e outros. É infalível? Não. Fiz parte do scouting do Benfica que é um dos melhores do mundo e não é infalível. Já que vamos tratar homem a homem, Rwan Cruz vem de uma realidade muito diferente na Bulgária, precisou tratar de coisas pessoais e ficou um tempo sem treinar. Então temos que adaptá-lo ao futebol brasileiro. O Elias Manoel, a mesma situação, vem da MLS, uma realidade diferente. Ainda não conseguiram dar essa resposta, mas não quer dizer que não vão dar. Temos que perceber o momento de colocá-los. Entendemos que ainda não. O Nathan chegou lesionado, quando melhorou voltou a se lesionar. Não pude contar com o Nathan. Convém olhar sempre para o bem para o mal. O scouting do Botafogo trouxe o Igor Jesus que estava na seleção brasileira.

Ao analisar o gol do Atlético-MG, Renato Paiva pontuou falhas do Botafogo na jogada. Para o treinador português, Gregore errou na marcação, e John não foi na bola na pequena área.

- Claramente, houve dois jogos aqui. Um 11 contra 11, e outro 11 contra dez. Já era difícil antes (com ambos os times completos), porque eu de fato tinha dito antes que é uma equipe do Atlético-MG que joga muito mais do que a classificação demonstra. O que nós fizemos aqui foi com muita personalidade. Sabemos como o Atlético-MG defende, muito homem a homem, conseguimos sair da pressão individual que nos exerceram e chegar ao último terço. Novamente, no último terço, não conseguimos definir a maior parte das jogadas. As melhores jogadas, as mais perigosas, no último passe, na última decisão, não conseguimos dar continuidade - avaliou o técnico. E finalizou:

- A equipe mostrou personalidade e esteve muito bem no jogo, na primeira trave. O Atlético-MG em uma ou outra bola parada criou situações de mais ou menos perigo, defesas não muito difíceis do John. Tínhamos o jogo mais ao menos controlado, tirando uma grande oportunidade em que Jair e Vitinho se embrulham. Na segunda parte, até entramos bem, outra vez tentando chegar no gol adversário e depois sofremos um gol. Escanteio na pequena área. Quando isso acontece, já é um gol que não pode sofrer neste nível. Isso obviamente mexe com a equipe, que tentou reagir atrás do resultado. Depois é o lance da expulsão, e acaba sendo muito mais difícil. É apostar no momento de transição, defender bem, controlar o ataque do Atlético-MG. Mesmo assim, conseguimos chegar várias vezes à área adversária. Não conseguimos finalizar. Mérito também para a bola parada do adversário, como é normal, mas temos que defender melhor.

O Botafogo volta a campo na quarta-feira (23) para enfrentar o Estudiantes, na 3ª rodada do Grupo A da Libertadores. O Alvinegro viaja até a Argentina, onde enfrenta o adversário, às 21h30, no Estadio Jorge Luis Hirschi, em La Plata.

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Botafogo perdeu para o Atlético-MG no Mineirão (Foto: Fernando Moreno/AGIF)

Confira mais respostas de Renato Paiva, técnico do Botafogo:

DEFESA FRÁGIL
- Eu não estou muito de acordo com a senhora, peço desculpas (time estar abaixo do que se espera). Os resultados refletem uma coisa, os resultados refletem outra. Até vou dizer mais: os jogos que ganhamos até performamos pior. Fomos mais eficazes. Houve jogos em que jogamos pior e conseguimos ganhar. Contra o São Paulo foi uma muito boa exibição da nossa parte em termos ofensivos. Em termos defensivos, de fato, tivemos uma equipe muito espaçada em alguns momentos e depois com alguns erros acabamos quase que oferecer gols ao adversário. Mas é verdade que nós começamos muito bem o torneio. Nos primeiros dois jogos do campeonato, não tivemos gol sofrido, o que não acontecia há muito tempo. Mas isso não são medalhas. O que queremos é seguir e acho que estamos sofrendo gols que são perfeitamente evitáveis. Há gols mais evitáveis que outros e acho que há gols que nós estamos permitindo que são evitáveis. O gol do Bragantino é mais uma bola parada. Acho que a equipe tem crescido, fez um jogo muito interessante em termos ofensivos contra o São Paulo, repito, e hoje, outra vez, fizemos um primeiro tempo de muita qualidade. Temos que entender contra quem estamos jogando e onde. Efetivamente, concordo, os resultados não estão aparecendo. Portanto, a fase não é boa, mas esse grupo já sabe o que é isso, já teve momentos difíceis e já reverteu. É isso que faremos com trabalho.

BARBOZA VOLTA CONTRA O ESTUDIANTES?
- Para além da questão do seu colega, sobre o scout e jogadores que não são utilizados, ainda temos os jogadores alguns jogadores que foram importantes na caminha do ano passado que não estão por lesão, caso do Bastos, que é um pilar da defesa. Substituído por Jair que tem dado conta do recado de forma fantástica proque é um menino com um futuro muito brilhante pela frente, e o presente é importante também.

- Como sempre digo, há problemas e eu tenho que encontrar soluções. Hoje foi o David Ricardo, zagueiro canhoto, que é quem naturalmente substitui o Barboza. Barboza tem um desconforto muscular, não consigo dizer se até quarta ele vai conseguir estar preparado para o jogo ou não. Vamos aguardar, esperar que ele faça os tratamentos e ver se ele consegue dar uma resposta. Se não conseguir, vai entrar alguém e estaremos com 11 com certeza.

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