O Botafogo está a dois dias de um clássico pela semifinal da Taça Guanabara e vive uma crise grave, principalmente de confiança. Confiança especialmente na relação dos atores internos com a torcida, que impulsiona qualquer clube. Após a eliminação na Copa do Brasil e o protesto no retorno dos jogadores, a alta cúpula do departamento de futebol e da diretoria e estiveram reunidos na noite desta quarta-feira. O desfecho deve ser conhecido nesta quinta.
Pela manhã, após a atividade no Estádio Nilton Santos, haverá uma entrevista coletiva com personagem ainda indefinido. Espera-se que algum dirigente se manifeste sobre a continuidade ou não de Felipe Conceição como treinador principal, o que foi tema central do encontro desta quarta, ocorrido fora de General Severiano.
Além do protesto no aeroporto, a pressão de torcedores sobre os dirigentes pela demissão do treinador está forte. Forte como poucas vezes se viu no clube. Há quem esteja convicto de que o comandante que assumiu há um mês não continuará. Mas o maior rival, o Flamengo, é o próximo adversário, e demitir o técnico pode gerar vácuo de preenchimento difícil em pouco tempo.
A queda no mata-mata nacional, com mudança tática radical e com atuações individuais ruins de pelo menos meio time, colocam em xeque o planejamento para a temporada. Tantas alterações na diretoria e na comissão técnica - além da saída de Jair Ventura, por opção própria, para o Santos - foram um acerto?
Já há nomes cotados para a eventual substituição do atual treinador. Cuca é o principal, e seria basicamente financeira a distância entre o querer do clube e o do comandante do Carrossel de 2007.
As críticas aos atletas não são poucas também, mas há pouco tempo para lamentações. Se o astral alvinegro está ruim, imagine se houver uma derrota no próximo sábado...