Os quatro pontos nos últimos quatro jogos disputados pelo Botafogo fizeram parte da torcida perder a paciência. No fim da manhã desta quinta-feira, cerca de dez membros de organizadas foram ao Aeroporto Internacional do Galeão para protestar contra o time, que empatou com o Avaí em 1 a 1 na noite desta quarta-feira, com um gol no último lance da partida.
O primeiro a passar pelo saguão foi o gerente de futebol do clube, Antônio Lopes, que também foi o último a entrar no ônibus. Ele aceitou conversar com os presentes, mas exigiu moderação para tal.
- Eu quero ouvir vocês, mas vocês têm que falar baixo, senão eu vou embora - afirmou o dirigente.
E os membros de organizadas cobraram principalmente melhor postura dos jogadores e o retorno da disposição que fez o time se posicionar na zona de classificação para a Copa Libertadores. Porém, o mau retrospecto recente coloca a presença da equipe no G7 a perigo para a próxima rodada.
Um dos líderes do elenco, o volante Bruno Silva foi acusado de excessos na vida noturna. O meio-campista foi quem mais ouviu cobranças para mudança de comportamento.
- Nós jogamos em time que tem cobrança e entendemos isso. Mas assim como eles querem a vaga na Libertadores, nós também queremos. Vamos lutar para consegui-la - afirmou o camisa 8.
O lateral-esquerdo Victor Luís e o atacante Guilherme também aceitaram falar com os que foram ao aeroporto. Quando o clima já era mais ameno, eles foram caminhando até o ônibus do clube cercados, mas conversando com os protestantes. Antes, porém, eles ameaçaram Antônio Lopes.
- Queremos postura. Queremos a Libertadores - disse um.
- Também queremos. Vamos cobrar - respondeu Lopes.
- Se não for para a Libertadores, vamos ter que tomar outra atitude - finalizou o mesmo protestante.