Essa é uma daquelas coisas que só acontecem ao Botafogo. O São Paulo, próximo adversário do Glorioso, tenta tirar de General Severiano o treinador. E o comandante alvinegro parece mesmo estar mais perto do Morumbi do que de continuar vestindo a Estrela Solitária.
Primeiramente porque a proposta do Tricolor Paulista mais que dobra os salários do comandante da equipe alvinegra. Atualmente, os vencimentos giram em torno de R$ 200 mil. Houve um aumento substancial em maio, mas a acordada ampliação do fim de 2016 para dezembro de 2017 não se confirmou.
O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira, na qual deixou claras algumas situações. Na prática, porém, a presença do dirigente e as palavras ditas deixam claro que a atual conjuntura é bem diferente da de três meses atrás.
Quando o Cruzeiro procurou Ricardo Gomes, entre as partidas finais do Campeonato Carioca, tanto o técnico quanto a diretoria alvinegra se mantiveram em silêncio. A proposta foi revelada pelo treinador, logo após a segunda partida. Após reunião no dia seguinte, a permanência foi selada.
Era um jogo-chave, contra o Vasco, naquela ocasião. Agora, a equipe do Morumbi é a rival, e o treinador pode manter o silêncio enquanto se decide. Assim, da mesma maneira, revelaria, após o duelo, os rumos que sua carreira poderia tomar.
Porém, no atual cenário, Ricardo pode nem treinar o Botafogo nos próximos dias, por uma questão de ética. O Tricolor tem pressa por um novo comandante, após a saída de Edgardo Bauza. A princípio, o interino André Jardine é quem estará na área técnica.