Camilo foi fundamental em 2016. Por mais que, na reta final da temporada, não tenha correspondido, o camisa 10 cumpriu com excelência a função de articulador do Botafogo quando a equipe precisava sair da zona de rebaixamento e subir na tabela.
Foi tão bem que, mesmo com a chegada de Montillo, ele continuará com o número que utilizou no seu primeiro ano no clube. A justificativa que a comissão técnica dava para a queda de rendimento do meia era a fraca preparação física dele no primeiro semestre. No Al-Shabab, da Arábia Saudita, ele jogava pouco e a exigência era bem menor.
Para 2017, a expectativa de todos é que, participando da pré-temporada, Camilo terá não só treinamento ideal como aumentará o entrosamento com os companheiros. E pela parceria com Montillo, espera-se sobrecarga menor.
COM A PALAVRA
'Camilo sabe o que é usar a 10!'
MENDONÇA
Ex-meia do Botafogo
Camilo é um jogador que tem qualidade e sabe da responsabilidade que é usar a camisa 10. Chama o jogo para si, distribui as jogadas e é uma referência em campo. Há muito tempo faltava isso ao Botafogo.
Agora, não adianta ao Botafogo deixar a responsabilidade exclusivamente nos pés dele. O futebol é um esporte coletivo, e o time comandado por Jair Ventura precisa ter consciência de que o Camilo não pode ficar mais de cinco minutos sem a bola no pé. Com o Camilo aquecido, vai, passo a passo, ganhando
confiança para render o máximo do que pode. E todos sabem o quanto é importante que ele participe sempre do jogo.
NÚMEROS DE CAMILO EM 2016
Partidas>30
Gols marcados>6
Assistências>5
Finalizações certas>26
Passes certos>770
CAMISAS 10 RECENTES DO BOTAFOGO
LEANDRINHO
Destaque do Botafogo no início de 2016, meia não sentiu a pressão de utilizar a camisa 10, ao mostrar qualidade nas jogadas, e chegou a balançar as redes na final do Carioca (vencida pelo Vasco). Mas foi perdendo espaço na temporada com a chegada de Camilo.
DANIEL CARVALHO
Mesmo lutando para entrar em forma, o apoiador foi a referência do Alvinegro no 2015 em que tentou retornar à elite. Superou a desconfiança e os problemas físicos para ajudar a equipe a garantir a intensidade na trajetória do título da Série B com antecedência.
JORGE WAGNER
Voltando ao Brasil com a responsabilidade de conduzir o Glorioso na Copa Libertadores de 2014, o apoiador viu seu início promissor logo se esvair. Em queda de rendimento e convivendo com lesões, o veterano rescindiu com o Alvinegro em julho, em meio a crises com atrasos salariais.