Luis Segovia chegou ao Botafogo para qualificar um setor que cresceu muito de produção com Luís Castro na reta final da última temporada. Apesar da expectativa criada, muitos alvinegros não conhecem as características do zagueiro, que se destacou nos últimos anos com a camisa do Independiente Del Valle
Nascido em Quito, o defensor iniciou a carreira no El Nacional e teve passagens pelas categorias de base da seleção equatoriana. Em 2019, foi vendido ao Independiente Del Valle e virou um dos pilares da equipe com dois títulos da Sul-Americana, inclusive o da última edição ao derrotar o São Paulo na decisão.
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Segovia é canhoto, tem 25 anos e 1,82m de altura. É conhecido pelo posicionamento, liderança e qualidade com a bola nos pés. No Equador, atuava pelo lado esquerdo da defesa e participava diretamente da construção de jogadas ofensivas com lançamentos e passes longos. Essa característica é importante no estilo de jogo mais dominante e de posse de bola que Luís Castro pretende implantar no Glorioso.
Além disso, o jogador ajuda a rejuvenescer o setor e ocupar uma lacuna deixada por Kanu, que defenderá as cores do Bahia na temporada 2023. Ao atuar pelo lado esquerdo, o zagueiro disputará posição com Victor Cuesta, que é nove anos mais velho. Por outro lado, pode ser uma boa opção caso o comandante opte por uma linha de três na defesa, com o argentino mais centralizado.
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Outra característica importante do zagueiro são as interceptações. Pelo bom posicionamento, obteve média de oito recuperações por jogo em 2022. Com um sistema defensivo novamente sólido, a tendência é que ele continue sendo seguro neste fundamento. Com liberdade, pode, inclusive, atuar pelo lado esquerdo ao avançar e flutuar quase como um lateral por ser dotado de qualidade técnica nos passes.
Em 38 jogos disputados pelo Independiente Del Valle na última temporada, Segovia marcou dois gols e recebeu 13 cartões amarelos (média de um cartão a cada três partidas). O defensor tem margem para evoluir e conquistar a posição com o passar do tempo. Nas últimas temporadas, oscilou apenas na recomposição quando o time equatoriano oferecia os contra-ataques, aspecto a ser trabalhado pelo técnico português.