O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou, na tarde desta quinta-feira (8), o Botafogo em decorrência de uma ação envolvendo seus torcedores antes do jogo contra o Palmeiras, no dia 18 de julho. Na ocasião, bonecos enforcados com os rostos da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foram pendurados em uma via do Rio de Janeiro.
O clube alvinegro foi denunciado por não ter tomado medidas para prevenir ou reprimir a ação, o que pode resultar em multa e perda de mando de campo.
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O incidente ocorreu antes da partida entre Botafogo e Palmeiras, pela 17ª rodada da Série A, no estádio Nilton Santos. Torcedores, ainda não identificados, penduraram os bonecos enforcados em frente ao Setor Sul do estádio, destinado à torcida visitante. Conforme informações da Polícia Militar, os bonecos foram removidos cerca de três horas antes do início do jogo.
A Procuradoria do STJD afirmou que a ação teve como objetivo incitar a violência e destacou que mensagens em redes sociais reforçavam a hostilidade contra os torcedores palmeirenses. Apesar de o Botafogo ter divulgado uma nota oficial repudiando o ato, a Procuradoria argumenta que o clube não apresentou provas de medidas efetivas para identificar e punir os responsáveis, o que resultou na denúncia baseada no artigo 213, Inciso I, §1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
O Procurador-Geral Paulo Dantas destacou que a denúncia é um reflexo da política de "tolerância zero" contra a violência no futebol, estabelecida pelo Grupo Especial de Trabalho criado para enfrentar esses atos nos estádios. A pena solicitada pela Procuradoria inclui multa, que pode variar entre R$ 100 e R$ 100 mil, além da possível perda de mando de campo de uma a dez partidas.