O Botafogo empatou por 0 a 0 com o Cuiabá, neste sábado (9), em partida válida pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar de dominar a posse de bola e finalizar mais vezes, a ofensiva alvinegra não conseguiu quebrar a defesa sólida do Auriverde, e o duelo acabou sem gols no Nilton Santos. Com o tropeço, a vantagem para o vice-líder Palmeiras cai para quatro pontos. Após a partida, o técnico Artur Jorge avaliou o desempenho da equipe e fez duras críticas ao estilo de jogo adversário.
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Para o treinador, a cera dos jogadores do Cuiabá foi proposital para quebrar o ritmo de jogo e diminuir a intensidade da ofensiva do Glorioso.
– Eu não gosto, eu estou aqui para ganhar jogos, não estou para ter uma equipe simpática. Não estou para ter uma equipe que quer fazer amigos do outro lado, estou aqui para ganhar e é dessa forma que eu me avalio. Não fiquei satisfeito, vocês perceberam que não fiquei satisfeito de devolver a bola, quando claramente aquilo foi uma paragem técnica. O jogador estava no chão para que toda a gente fosse ao banco e pudesse receber instruções. Não gostei e fiquei chateado com o Bastos. Disse no intervalo exatamente isso porque sei perfeitamente que tudo serve para arranjar maneiras de quebrar o ritmo de jogo. E sabendo que somos uma equipe rápida, uma equipe que tem dinâmicas intensas, do outro lado vamos apanhar e já apanhamos algumas equipes desta forma - afirmou.
– Nós temos que fazer o jogo para ter o resultado que queremos. E se nós tivemos algum papel em alguns momentos que foi cúmplice de uma estratégia que o adversário trouxe de quebrar o ritmo de jogo, tivemos mal. Essas coisas que temos que corrigir. E também parece que nós permitimos muito, e eu falei disso desde o primeiro minuto ao auxiliar que estava do meu lado, porque todas as vezes esperar para dar um cartão aos 60, ao goleiro que teve sempre com a bola parada e a atrasar o jogo, a quebrar com os jogadores constantemente no chão, simular lesões. Qualquer encosto agora, simulam. Eu acho que é do mau profissionalismo quando é assim, é o comportamento que se tem que não favorece nada o espetáculo, e o espetáculo não é isto, no meu ver, o futebol que eu defendo - completou.
– Não posso julgar nem avaliar aquilo qual é a estratégia de qualquer um dos meus rivais. Compete a mim ter soluções para poder contrariar essas estratégias e aquilo que é a forma, a sua abordagem ao jogo. E a nossa abordagem tem sido muito consistente, pelo menos nós, Botafogo, temos sido muito consistentes. E hoje tivemos um jogo também nesse aspecto, muito próximo daquilo que é a nossa realidade, ou seja, uma equipe que procurou atacar, tentamos, finalizamos. Se calhar, tivemos algum demérito também em algumas finalizações, mas temos que saber lidar com isso de uma forma natural, ainda que não possamos estar satisfeitos, porque não estou satisfeito, obviamente, com o resultado. Um ponto aqui hoje foi curto para aquilo que a equipe produziu e não estou satisfeito com o desempenho. Não tem a ver com o desempenho dos jogadores, também com o resultado só, porque os jogadores lutaram, trabalharam, foram abnegados na forma como tentaram lá chegar, mas não conseguimos, hoje não. Não deu. Portanto, temos que perceber que há dias assim e melhores dias virão seguramente - finalizou.
Agora, o Botafogo terá cerca de dez dias de descanso, por conta da Data Fifa, e só volta a campo para a partida contra o Atlético-MG, na Arena MRV, na quarta-feira, dia 20, pela 34ª rodada do Brasileirão. Igor Jesus e Luiz Henrique se juntam à Seleção Brasileira nos próximos dias para os duelos contra Venezuela e Uruguai, assim como os demais jogadores convocados às suas respectivas seleções.
Desta vez, o calendário afeta diretamente o planejamento do Alvinegro. O Brasil joga contra o Uruguai no dia 19, e o Botafogo enfrenta o Galo no dia seguinte. Perguntado se pretende utilizar os jogadores convocados, Artur Jorge revelou que deve avaliar caso a caso e questionou as datas da partida:
– Me parece um absurdo ter um jogo após as seleções jogarem. Estamos a falar que vamos ter a Seleção Brasileira jogando aqui no Brasil, vamos ter a seleção argentina em Buenos Aires. Temos jogadores espalhados por dentro afora. E com menos de 24 horas para tentar chegar ao jogo seguinte. Obviamente que isto vai ter impacto e influência nas minhas opções para o jogo contra o Atlético-MG. Obviamente. Se todos jogarem pelas suas seleções, fico eu, ficamos nós, fica o Botafogo privado de poder ter os jogadores, ou pelo menos na sua plenitude, para um jogo que vai ser de extrema importância. Estou falando dos últimos cinco jogos de campeonato. Nos cinco últimos jogos, nós conseguimos ter uma equipe que luta por um título privada de jogadores, porque tem jogo de seleção no dia anterior ao seu jogo. Isto, para mim, é um absurdo. Esta é a minha opinião.
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