O tropeço do Botafogo diante da Portuguesa-RJ rendeu vaias ao time no Nilton Santos. O Glorioso saiu na frente com Tiquinho Soares, deu a impressão de que venceria até com facilidade, mas sofreu o empate, fruto de uma atuação ruim, principalmente no segundo tempo. O técnico Tiago Nunes avaliou com naturalidade o comportamento da torcida, que ainda está magoada com o desfecho da temporada passada.
- Entendo que o resultado não foi esperado. Sempre que o Botafogo entra em campo tem obrigação de vencer. A vaia vai ser uma rotina. Sabemos isso, estamos conscientes. Se perder vai ser vaiado, se empatar e se ganhar, também. Então é uma mágoa que existe desde o ano passado e a gente sabe que vai ter conviver com ela. Temos uma comissão técnica e atletas que vão ter de conviver com isso.
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O lado bom do jogo foi o fim do jejum de gol de Tiquinho Soares, que não marcava desde o dia 29 de novembro, no empate em 1 a 1 com o Coritiba. O gol foi festejado por Tiago Nunes, que elogiou o atacante.
- Qualquer centroavante que vive de gols fica ansioso, impaciente. Tiquinho não é diferente. Mesmo com número expressivo do ano passado, começa do zero. Dois jogos anteriores, ele não conseguiu. Agora, gera mais confiança para ele, e essa confiança acaba trazendo naturalidade maior e tomara que se torne mais rotineiro. Quem sabe repetir uma temporada tão maravilhosa como a do ano passado em número de gols. Hoje, ele é a referência e temos que valorizar sim o que ele faz.
O treinador demonstrou satisfação com a quantidade de chances criadas pelo Botafogo. Quanto aos erros, Tiago Nunes justificou que o time ainda está em adaptação.
- O que fiquei satisfeito hoje, o que um treinador busca de uma equipe, é que crie chances de gol e sofra poucas. A gente teve sete chances de gol e sofreu uma, que se converteu em gol. A gente tem que focar em melhorar o aproveitamento ofensivo. Não sofrer no detalhe. Momento pontual, dentro de uma mudança de sistema. Tudo tem uma adaptação. É um período de testes, adaptações para que a gente tenha uma amostragem ampla do grupo para nos momentos decisivos da temporada a gente ter ideia de como usar os jogadores.
Tiago Nunes também comentou sobre os jogadores que saíram da partida. O treinador revelou que Tiquinho pediu para sair e explicou a situação de Marçal, substituído ainda no primeiro tempo.
- Tiquinho pediu para sair por cansaço. O Marçal ficou fora da última relação por dores na panturrilha. Ele foi tratado, fez exames, reavaliação, treinou nos últimos dois dias e voltou a sentir, infelizmente. Foi uma lesão e a gente tem que avaliar. Natural que alguns jogadores sintam nesse início. A ideia, sim, é repetir (a formação), mas não vou expor ninguém que esteja com dor ou machucado.
O Botafogo volta a jogar no sábado (3), às 16h, contra o Nova Iguaçu, no Bezerrão, em Brasília, pela 6ª rodada do Carioca. O Glorioso é o vice-líder com 10 pontos.