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Valentim não abre mão de esquema, e Botafogo sofre mais que o esperado na Copa do Brasil

Alvinegro se classifica, mas atuação contra o Caxias não impressiona; diante de situação adversa, treinador demora para substituir e não faz mudanças concretas na equipe

Caxias x Botafogo
Botafogo em ação contra o Caxias-RS (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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Objetivo alcançado, mas desempenho ainda longe do ideal. A situação do Botafogo no empate contra o Caxias-RS, na última quarta-feira, no Estádio Centenário, pela Copa do Brasil, pode ser definida desta forma. Dentro de campo, o treinador Alberto Valentim ficou marcado por não ter usado as opções disponíveis para mexer no esquema adotado no início da partida e tentar mudar o panorama do Alvinegro.

Com a necessidade, por regulamento, de vencer, o Caxias começou em cima. O Botafogo mal conseguia trocar cinco passes seguidos no meio-campo no início do duelo, enquanto os mandantes assustavam com bolas alçadas na área, colocando Marcelo Benevenuto e Joel Carli para trabalhar cedo. 

Sem Luiz Fernando, com problema de saúde, Valentim optou pela entrada de Alex Santana no time titular. Thiaguinho, que vinha atuando como volante, foi deslocado para a meia direita. O Botafogo ganhou um reforço para Fernando na recomposição defensiva - não à toa, o Caxias pouco atacou no setor -, mas, por outro lado, perdeu uma importante peça no ataque. De praxe, ainda criou dificuldades na saída de bola, já que os jogadores não se entendiam.

Em um lance de bola parada, Bruno Nazário bateu escanteio, Carli desviou e Pedro Raul marcou. O Botafogo foi cirúrgico, é verdade, esta havia sido a primeira investida dos cariocas. O balançar das redes, contudo, não fez o time crescer - muito pelo contrário. Com o meio-campo pouco associativo e com dificuldade para fazer a bola chegar no ataque, o Alvinegro era dominado e via o Caxias criar chance atrás de chance, empatando o jogo pouco tempo depois.

A equipe da Estrela Solitária voltou melhor para o segundo tempo, marcando a saída de bola do Caxias, sem permitir que os gaúchos chegassem ao ataque com tanta facilidade. No ataque, contudo, a equipe de Alberto Valentim ainda continuou frágil - com exceção de bolas alçadas na direção de Pedro Raul, que deu trabalho para a defesa, mas parou no goleiro Marcelo Pitol.

O Caxias-RS mostrava sinais de cansaço físico e Valentim tinha opções no banco que podiam colocar velocidade no jogo - Lecaros e Rhuan, por exemplo. A primeira alteração do treinador foi, aos 20 minutos, colocar Danilo Barcelos no lugar de Guilherme Santos. Um lateral-esquerdo por outro, sem mexer no esquema. Não gerou tanta mudança na partida. 

Sob pressão intensa, Valentim chegou aos 44 minutos da etapa complementar com duas substituições a serem feitas. O Caxias, completamente no ataque, dava espaços de sobra na defesa, mas o Botafogo não soube explorar com a entrada de atletas rápidos. Nos acréscimos, entraram, respectivamente, o atacante Rafael Navarro e o zagueiro Kanu nos lugares do meia Bruno Nazário e do ponta Luís Henrique.

A formação inicial de Alberto Valentim não deu resultados e o Caxias teve mais volume de jogo, mas o treinador não usou as opções disponíveis para mudar tal esquema. Quando realizou mudanças, foram por posições semelhantes, sem mexer no desenho de maneira significativa. No mais, apesar das dificuldades, a vaga para a segunda fase da Copa do Brasil foi alcançada.

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