O 2019 do Botafogo tem sido de inconstância dentro de campo e com mais manchetes negativas do que positivas fora dele. Porém, ainda há espaço para o surgimento de valores individuais que conquistem credibilidade com os torcedores. Um deles é Jonathan. O lateral-esquerdo de 21 anos vive uma temporada de certa afirmação com as oportunidades que recebe. Ainda que o titular da posição constantemente seja Gilson, não são poucas as vozes que cobram um espaço para o jovem no onze inicial.
Com Gilson suspenso devido ao cartão vermelho que recebeu contra o Santos, Jonathan será titular contra o Flamengo, amanhã, às 16h, no Maracanã. A história da promessa com o Botafogo começou justamente num clássico contra o Rubro-Negro. Em janeiro, no duelo pela Taça Guanabara, vencido pelo Fla no Nilton Santos por 2 a 1, teve sua primeira chance no profissional do Alvinegro, sob a batuta de Zé Ricardo. Apesar do revés, os lampejos do lateral foram destacáveis. A partir daí, não saiu mais da lista de relacionados.
Se, por um lado, Zé Ricardo deixou o Botafogo pelas portas dos fundos com os fracos resultados obtidos no Carioca e na Copa do Brasil, por outro, pode ser considerado uma espécie de mestre a Jonathan. No final de 2018, o jogador assinou a extensão de seu vínculo com o Botafogo até dezembro de 2021. O clube adquiriu 50% dos seus direitos econômicos. O aval foi de Zé, que vinha monitorando Jonathan nos juniores. Pela base, na temporada passada, deu 12 assistências.
Jonathan tem inspiração no austríaco David Alaba, titular da posição no Bayern de Munique há nove anos. Os passes para gols ainda estão tímidos: somente dois Mas um deles foi decisivo: o cruzamento na medida para Alex Santana marcar o gol da vitória contra o Fluminense, no Brasileirão, por 1 a 0. É esse bom histórico em confrontos contra rivais que Eduardo Barroca conta para somar pontos neste domingo.
Com passagens por Nova Iguaçu e Internacional e um início promissor no Botafogo, Jonathan possui uma multa rescisória fixada em 7,5 milhões de euros (R$ 32,5 milhões) para clubes do exterior e em R$ 25 milhões para brasileiros.