Abel Braga assume responsabilidade após derrota e admite Fluminense devendo nos últimos jogos
Treinador ainda voltou a criticar a maratona de partidas na temporada e não vê Flu priorizando nenhuma competição
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O Fluminense voltou a jogar mal e perdeu para o Internacional por 1 a 0 no Maracanã, neste sábado. Após a partida, o técnico Abel Braga disse acreditar que o placar mais justo seria o empate, mas admitiu que a equipe não vem tendo boas atuações nas últimas partidas. O veterano assumiu a culpa pelo resultado ruim na terceira rodada do Campeonato Brasileiro e também pela queda de rendimento depois do título do Campeonato Carioca.
- Nós tentamos jogar, mas não conseguimos. O jogo merecia terminar empatado? Acho que sim. O número de chances foi quase nenhum para eles e para nós. Tivemos uma com Cano, Calegari, mas não conseguimos conter. Até a chegada no último terço, nosso setor defensivo estava suportando. Nós não conseguimos marcar a transição, quando roubavam a bola. Não vou cair na tecla do cansaço. Mais uma vez perdi um jogador com poucos minutos. André acabou ficando, Martinelli não conseguia mais. Às vezes o torcedor aplaude com derrota. Hoje não podiam aplaudir. Tentamos tudo que podíamos, mas não foi possível - avaliou.
Veja a tabela da Série A do Brasileirão
Desde que bateu o Flamengo, o Flu venceu Oriente Petrolero (BOL), Cuiabá e Vila Nova, empatou com o Santos e perdeu para Junior Barranquilla (COL) e Internacional neste sábado.
- Depois da conquista do Carioca, já são quatro jogos em que nós estamos devendo. Temos consciência disso, temos que colocar a mão na consciência, todos nós. Eu em primeiro lugar, porque sou eu que escalo. Está pouco - completou.
O Fluminense volta a campo na terça-feira pela Copa Sul-Americana, quando enfrenta o Unión Santa Fe, às 21h30 (de Brasília), no Maracanã. Pelo Brasileirão, o próximo compromisso é no domingo, contra o Coritiba, no Couto Pereira. Abel voltou a criticar a maratona de partidas na temporada.
- Está desumano. Hoje eu vi um meio tempo do jogo do Bragantino contra o São Paulo. Sete ou oito reservas no Bragantino. É um clube que está estruturado para caramba, mas ainda não tem uma camisa de um Palmeiras, de um Corinthians, de um Flamengo, um Fluminense. Entrou com oito reservas. Por quê? É porque tem alguma coisa nessa semana que eles necessitam ganhar. Se eu soubesse que não ia ganhar o jogo hoje, eu tinha poupado. Porque terça-feira tenho que ganhar também, entendeu? E agora? O negócio está brabo. Em seis dias, três jogos, três noites de sono perdidas viajando. Mas viajando de madrugada, saindo 4h da manhã para chegar 10h. Está complicado, mas está desumano para todo mundo - disse o treinador, que ainda comentou sobre priorizar ou não alguma competição.
- Nós já conversamos, até agora não chegamos a um denominador. Não tem controvérsia, o que tem é que estamos tentando sempre colocar o que é melhor para a equipe. E vai continuar assim, a não quer que chegue: "Olha, a prioridade agora é isso". Eu, a cada jogo, escalando certo ou errado, estou colocando aquilo que eu sinto. Com certeza, depois desse jogo, vão chegar para mim: "Esse, esse e esse não põe". E não vou pôr, vamos ver se tenta alguma coisa diferente. Vamos jogar contra um time relativamente novo, mexe muito, muito forte. Temos que entrar preparados, vamos ver o que vai dar - concluiu.
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