ANÁLISE: São Paulo e Santos fizeram clássico de oscilações, mas venceu quem aproveitou a ‘brecha’

Ambos os times tiveram bons momentos na partida, mas não foram constantes como um duelo como esse pede. Polêmica de arbitragem acabou sendo crucial para o resultado

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O clássico da última segunda-feira, no Morumbi, não foi um primor técnico, nem de emoção, mas mostrou um pouco de como tem sido o comportamento de São Paulo e Santos durante o ano: de muita oscilação. Assim como ambos tiveram bons momentos, também tiveram maus momentos. O empate talvez fosse o resultado "normal", mas uma polêmica de arbitragem definiu o jogo.

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Há quem possa dizer que o Tricolor foi melhor, e até teve mais a bola mesmo, pressionou, obrigou João Paulo a trabalhar e fazer de seus milagres, mas o Peixe teve situações de muito perigo tanto no primeiro, quanto no segundo tempo, que poderiam ter resultado em um ou até dois gols a mais na partida.

Quando Calleri abriu o placar para os são-paulinos, parecia que seria um domínio dos donos da casa, mas o ritmo baixou um pouco e o segundo gol não saiu, dando espaço para os visitantes crescerem e passarem a encontrar espaços na defesa tricolor. O torcedor provavelmente se identificou com esses momentos, já que a oscilação tem sido uma constante da equipe em 2022.

O Santos, que não tem nada a ver com isso, tratou de aproveitar o que lhe foi oferecido e empatou o jogo com o oportunista Marcos Leonardo. Dessa forma, a partida foi para o intervalo com 1 a 1 no placar, que mudava o cenário.

Depois da pausa nos vestiário, com a torcida do São Paulo pedindo Luciano, os times voltaram de forma parecida com a qual deixaram o campo. Os mandantes buscando a pressão para fazer um gol e os visitantes tentando fazer uso dos erros e espaços do adversário. A partir de um certo momento, passou a virar um jogo de "trocação", com chances para os dois lados.

Em determinado cenário, parecia até que o Peixe estaria mais próximo de marcar o segundo, enquanto o Tricolor tinha dificuldade de dar mais um passo para colocar o segundo gol no placar em sua pressão. Isso acabou acontecendo em um lance com participação direta da arbitragem, quando foi dada uma saída de lateral para o São Paulo e que, segundo reclamações do clube da Baixada e imagens da transmissão, deveria ter sido dada para o Santos.

Alisson cobrou o lateral rápido, o lance seguiu e em um cruzamento para área Rodrigo Fernández desviou a bola com a mão. Leandro Vuaden não viu em campo, mas o VAR corretamente o chamou para analisar o lance e marcar o pênalti. Na cobrança, Luciano bateu e deu a vitória aos são-paulinos, que não têm nada a ver com o caso e fizeram a sua parte numa vitória importante.

Impossível dizer o que aconteceria se não fosse o vacilo de Vuaden. Na teoria, quem estava pressionando mais, estava mais perto do gol, mas também estava mais exposto aos contra-ataques nos quais os santistas poderiam balançar a rede. O que é possível dizer é que ambos os times oscilaram e permitiram que o adversário tivesse chances de vencer. Venceu quem aproveitou a brecha.

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