Choque: Derrota para Corinthians ‘baixa poeira’ do Botafogo, mas cenário não pode ter terra arrasada
Botafogo tem erros defensivos cruciais na defesa diante de um forte Corinthians nas laterais, mas ideia, mesmo que de forma mínima, aparece em campo
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Choque de realidade. Essas palavras podem definir o sentimento do Botafogo após a derrota por 3 a 1 para o Corinthians, neste domingo, pela estreia do Campeonato Brasileiro no Estádio Nilton Santos. Isto não quer dizer que o projeto está destinado a dar errado e a coisa já está caminhando para um caminho negativo. Longe disso.
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No Rio de Janeiro, o que se viu foi uma quebra entre expectativa entre realidade. Houve grande expectativa por parte da torcida nas últimas semanas pelos reforços que chegaram, o novo ânimo e a energia trazida por John Textor - o que é totalmente justo, já que o cenário anterior era ruim.
Mas a realidade mostra que o trabalho não será feito da noite para o dia. Já na estreia contra uma consolidada equipe da parte de cima da tabela, o Botafogo viu que o buraco é mais embaixo. Ao mesmo tempo, a derrota também traz lições. O cenário não é de terra arrasada, mas pode ser de aprendizado.
Em campo, o 3 a 1 pode traduzir bem a disparidade entre os dois times. O Botafogo sofreu nas laterais, algo visto rapidamente pelo Corinthians como forma de chegar rápido ao ataque. Renzo Saravia e Jonathan Silva sofreram para parar os ataques do Timão.
Luís Castro ainda optou por escalar Chay no lado direito e Lucas Piazon no meio, uma inversão das posições que os dois já atuaram na carreira. O camisa 14 ficou perdido e teve dificuldade ao dominar de costas em relação aos marcadores, não ter espaço para driblar e ter que tentar se livrar do adversário por meio da velocidade. O 43, por sua vez, teve desempenho sem graça.
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Individuais ruins potencializaram um coletivo que também não respondeu. O Corinthians foi avassalador em 45 minutos e construiu o resultado ainda no primeiro tempo. O Botafogo melhorou no segundo tempo, diminuiu o placar e ainda teve duas chances claras com Matheus Nascimento, mas não houve um claro momento de domínio do Alvinegro na partida.
O resultado serviu para mostrar que a estrada é longa, mas que o Botafogo pode percorre-la. Mesmo diante disso tudo, o time mostrou padrões de jogo baseados na ideia de Luís Castro: foi possível ver passes em profundidade no terço final e a tentativa de valorizar o 1x1 dos pontas no setor ofensivo. É o primeiro passo.
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