O clima no estádio Serra Dourada para o confronto entre Vila Nova e Ponte Preta era de absoluta tensão. Com isso e os momentos conturbados que vivem os dois clubes já nesse momento da temporada, sobrou esforço assim como erros em todos os fundamentos. Assim, mesmo com algumas oportunidades boas de marcar criadas, a falta de pontaria aliada ao nervosismo mantiveram o marcador zerado no Centro-Oeste brasileiro.
O resultado fez com que o Tigre e a Macaca não conseguissem dar um salto na tabela permanecendo em 13° e 14° na tabela, respectivamente.
NERVOS AFETADOS
Como já havia antecipado antes mesmo da bola rolar o técnico Eduardo Baptista, o time goiano buscava uma característica de maior velocidade na saída ao ataque e não negava que a formação dava a entender um time mais "reativo". Com isso, a Ponte Preta era quem tinha a bola no início do confronto, mas tampouco conseguia evoluir com ela construindo jogadas de real perigo, errando passes simples e tirando o ritmo da partida com seus equívocos.
Entretanto, foi em um erro na saída de bola do Vila onde o toque pra trás foi antecipado por Matheus Vargas que saiu em disparada, ganhou da marcação e bateu firme de pé direito, mas viu a bola bater caprichosamente no pé da trave.
Um minuto depois, foi a vez do Tigre conseguir sua oportunidade clara com Juninho recebendo cruzamento rasteiro na medida dado pelo uruguaio Facundo Boné, porém bater muito mal e ver ela sair pela linha de fundo.
QUANDO TUDO DÁ ERRADO
Para deixar o ambiente ainda mais pesado aos anfitriões, o Serra Dourada não contava nem de longe com um público tão pomposo como foi na Copa do Brasil, porém bastante irritado quase que em acúmulo da eliminação no meio
de semana. A cada lance equivocado, seja um passe, uma dividida ou qualquer situação que demonstrasse o nervosismo da equipe de Eduardo Baptista, a reação de contrariedade e xingamentos vinham imediatamente e deixavam o "fardo" do Tigre ainda mais pesado.
TERMINOU MELHOR, MAS...
A Ponte, que não tinha nada a ver com isso, até vivia um momento melhor na partida se aproveitando bastante dos erros que seu adversário também cometia. Porém, faltava saber concluir essas oportunidades onde o zagueiro Airton, dentro da pequena área, e o lateral-esquerdo Abner, após um bate-rebate todo atrapalhado na grande área goiana, chutaram pela linha de fundo as mais evidentes.
SÓ TRANSPIRAÇÃO
Se ao menos na etapa inicial havia o pretexto do nervosismo para finalizar oportunidades que estavam sendo criadas, o princípio do segundo tempo nem isso conseguiu apresentar. As equipes seguiam pecando na troca de passes, principalmente nos arredores das duas grandes áreas. Sendo, assim, a partida entrou em um estágio onde sobrava vontade e faltava precisão.
SE JÁ ESTAVA DIFÍCIL...
Foco das atenções na criação de jogadas do Vila, Alan Mineiro acabou sendo protagonista de um ato que, ao invés de ajudar, poderia muito bem prejudicar o time da cidade de Goiânia. Já tendo cartão amarelo tomado no primeiro tempo por reclamação, aos 26 minutos do tempo complementar o 10 do Tigre empurrou por trás o meio-campista Edson e, com a segunda advertência, foi expulso de campo.
O time da casa teria de terminar o confronto com um homem a menos, mas, mesmo assim, na saída de campo Alan ainda ouviu o torcedor gritar seu nome.
DOS MALES O MENOR
Mesmo com a desvantagem numérica, a necessidade de vencer fez com que a postura do Vila Nova não mudasse e o time ficasse até mais ousado ofensivamente do que foi em praticamente toda a partida. Com isso, a Ponte não conseguia aproveitar sua superioridade de jogadores e o resultado acabou ficando como começou: sem gols.