Ainda que Ricardo Oliveira não tenha colocado intencionalmente a mão na bola no gol anulado de Roger Guedes – o que para muitos é duvidoso -, ainda que Maycon não tivesse sido derrubado dentro da área num pênalti clamoroso, Atlético-MG e Corinthians não têm o direito de reclamar da arbitragem no confronto de ontem no Independência. Afinal, estão apenas experimentando do próprio veneno, já que ambos votaram contra a implantação do arbitro de vídeo no Brasileirão desse ano, tornando-se cúmplices da omissão da CBF. Houvesse o VAR em ação e polêmicas assim certamente seriam evitadas. Mas, muito ao contrário, o campeonato chega a sua terceira rodada e os juízes continuam a ser protagonistas de um tragicômico espetáculo de erros e trapalhadas, O caso de Minas não foi único de ontem. No Allianz Parque, um gol legítimo que daria a vitória ao Palmeiras sobre a Chapecoense foi erradamente anulado por impedimento no último minuto de jogo. No Maracanã, o juiz não deu pênalti a favor do Fluminense numa bola que tocou na mão do são-paulino Arboleda levando Abel Braga à loucura. Serão afastados os trapalhões da vez? Pode até ser que sim. Essa, afinal, tem sido a única reação da Comissão da CBF. É uma decisão inócua, que não resolve um problema e além de tudo pode criar outro: a continuar nesse ritmo, rodada após rodada, podem faltar juízes em condições de apitar os jogos da Série A. Pobre arbitragem brasileira!
MENOS, DIEGO!
Diego deu, no campo, a resposta às tentativas de agressão que sofreu na sexta-feira, junto com a delegação do Flamengo, durante protesto de um grupo de torcedores no embarque do time para Fortaleza. O meia teve um atuação como há muito não tinha, marcou um gol na vitória por 3 a 0 sobre o Ceará (veja abaixo como foi o jogo) e se declarou à torcida Rubro-Negra: “Nada vai mudar aquilo que eu penso. Eu amo os torcedores, houve agressão, mas não podemos generalizar. A torcida é maravilhosa, nós queremos sempre corresponder e vencer como vencemos hoje. Podemos errar por pontaria, mas jamais por omissão. Temos que meter a cara e jogar com alma, sempre", afirmou o camisa 10. Diego foi no sentido oposto ao de Dudu, do Palmeiras, que na semana passada, após marcar o gol da vitória sobre o Internacional, desabafou contra a forma como o time vinha sendo cobrado pela torcida. O meia do Fla foi ainda mais longe: "Talvez não consiga demonstrar o tanto que gosto daqui. Vim para cá decidido, é um sonho que eu estou realizando. Se eu tiver que andar escoltado, junto à minha família, eu faço isso. Estou cada vez mais à vontade e confortável com essa camisa", disparou. Também não precisava exagerar... Essa semana tem Libertadores de novo, com obrigação de ganhar para seguir vivo. E ainda faltam 35 rodadas de Brasileirão para manter a lua de mel.
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