A confusão que assolou o intervalo da partida entre Flamengo e Palmeiras não foi alvo de críticas apenas pela reação dos policiais, que atiraram gás de pimenta contra os brigões no Mané Garrincha. Sociólogo da Universo e autor do livro "A Violência no Futebol", o Membro da Academia LANCE!, Mauricio Murad, lamentou como lances isolados seguem afetando jogos:
- A partida do Mané Garrincha foi o resumo do quanto o combate à violência ainda é ineficaz no futebol. Em um Flamengo e Palmeiras com 55 mil pessoas e que mostrava boa parte da torcida em harmonia, marginais lutam num ringue e a polícia usa uma arma capaz de fazer torcedores e até jogadores passarem mal.
Aos olhos de Murad, o Mané Garrincha voltou a ser palco de uma briga generalizada por não ter uma preparação de segurança:
- A sensação é de que o Mané Garrincha conseguiu as condições para abrigar um jogo com grandes adversários, mas não pensou em planos de segurança à altura. Esta não é a primeira vez que torcidas de grandes clubes protagonizam episódios vergonhosos de briga de torcida.
O sociólogo recordou que o duelo precisaria de uma atenção redobrada quanto a possíveis conflitos de torcedores:
- A polícia de Brasília não estava ciente desta rixa histórica entre as torcidas de Flamengo e Palmeiras? Há alguns anos, facções palmeirenses têm uma parceria perigosa com organizadas do Vasco, e há uma união nas mesmas condições entre Flamengo e Corinthians, que torna o propenso a conflitos.
Murad apontou algumas soluções a serem tomadas em partidas de grande porte:
- Para partidas desta dimensão, a segurança pública de qualquer local tem de estabelecer desde condições de prevenção a preparar seus policiais.