O bloco dos times que brigarão pelo título brasileiro parece consolidado - o furo só acontecerá se houver uma arrancada inesperada de alguém da zona intermediária da tabela. Do Palmeiras, líder, para o Grêmio, sexto, são cinco pontos de diferença. Mas os gaúchos têm uma partida a menos, o que faz pensar na possibilidade de um espaço ainda mais estreito. A 21ª rodada provocou novas pequenas movimentações nessa briga, sem impedir que o bloco seguisse "coeso".
O tropeço do Palmeiras em casa para a Ponte Preta, time que está se especializando em surpreender no Allianz Parque, aliado à derrota do Santos para o Coritiba, permitiu que o Atlético-MG se tornasse vice-líder, saltando duas posições. O magro 1 a 0 do Galo no xará paranaense, com gol de pênalti, foi suficiente para isso. Os triunfos de Corinthians e Flamengo - este em confronto direto com o Grêmio - lançaram o Peixe para fora do G4. O Peixe, diga-se, que está ameaçando entrar no ritmo do ano passado, quando vencia em casa e perdia fora. Os três sucessos no primeiro turno foram reação momentânea?
No meio da tabela, o Fluminense é quem tem mais mostrado reação. Com a melhor defesa da competição, a equipe fez sete pontos nas últimas três rodadas. O Botafogo também tem animado sua torcida. A goleada sobre o Sport permite ao time respirar um pouco. Já o empate entre Inter e São Paulo retratou a situação das duas equipes, especialmente do time gaúcho, que está muito próximo da zona do rebaixamento. Na pontuação, está empatado com o Cruzeiro, mas há uma diferença fundamental, pois a Raposa está demonstrando nova força sob o comando de Mano Menezes. A vitória diante do Figueirense, em Santa Catarina, deu mostras disso.
No próximo fim de semana, os quatro primeiros jogarão como visitantes, enquanto Santos e Grêmio serão mandantes. Configuração sugestiva de que o funil pode seguir apertado no campeonato mais equilibrado da era dos pontos corridos.