Ao que indica as informações veiculadas nessa semana pelo jornal 'O Estado de S. Paulo', os oito clubes que hoje possuem vínculo de direitos de transmissão desatrelados da Rede Globo e que consequentemente negociaram com a norte-americana Turner (Athletico-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e Santos) devem romper em breve os seus respectivos contratos. A validade dos acordos vai até 2024.
A companhia norte-americana teria mandado no último dia 3 de abril para as equipes com as quais tem contrato pedindo uma reunião para negociarem os seus respectivos vínculos apontando a existência de "questões pendentes". Questões essas que seriam, mediante ao clima formado entre clubes e Turner, referentes a uma rescisão onde ambos os lados tenham que ceder para minimizar os prejuízos.
O principal ponto de descontentamento por parte da empresa estrangeira fundada pelo empresário Ted Turner seria o fato de "dividir" atenções com a ideia da Globo transmitir os jogos dos clubes com os quais ela tem contrato na TV aberta para determinadas praças que resulta, constantemente, em troca dos horários das partidas de acordo com os interesses da dona dos direitos do Brasileirão na TV aberta.
No olhar da empresa, as equipes brasileiras cederam a determinadas exigências da emissora carioca que tem prejudicado no faturamento da Turner com o produto além de outras transgressões contratuais que tem tornado o investimento mais custoso do que lucrativo.
Do ponto de vista dos clubes, o momento é de análise tanto conjunta como individual para saber qual o melhor procedimento jurídico para evitar a possibilidade de pagar multa pesadas previstas no acordo. Acordo esse em caráter tão sigiloso sobre suas cláusulas que, mediante as penalidades por revelar termos existentes no mesmo, fazem com que todos os dirigentes dos clubes envolvidos sequer cogitem comentar o tema.
Outra grande preocupação dos clubes é a questão de tomar a iniciativa da rescisão sem a reunião com a Turner, algo que poderia acionar um dos mecanismos do contrato onde as equipes teriam de arcar com valores, atualmente, ainda mais inviáveis devido a ausência significativa de receitas devido a paralisação das competições.