Vasco e Flamengo voltam a se encontrar no início da noite deste sábado (19), às 18h30, em partida válida pela 5ª rodada do Brasileirão. O palco será o Maracanã, mas a escolha do estádio foi alvo de polêmica antes do martelo ser batido. Relembre com o Lance! como a decisão foi tomada.
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Um das vontades de Pedrinho, presidente do Vasco, era fazer com que o confronto contra o Flamengo pudesse ser o último clássico no "antigo São Januário". O dirigente chegou a informar que a partida poderia ser até mesmo com torcida única, caso fosse necessário.
Visão do Flamengo
Em nota, o Flamengo se posicionou oficialmente sobre o caso. O Rubro-Negro não se opôs a jogar em São Januário. Porém, "a presença da Nação" era indispensável.
"O Flamengo entende que o BEPE, órgão responsável pela segurança nos jogos de futebol no Rio de Janeiro, deve garantir a integridade física e a segurança de todos os torcedores. A presença da Nação Rubro-Negra é indispensável para que o espetáculo esteja completo."
Bepe complica os planos do Vasco
Se o Vasco pudesse, mandaria o clássico em São Januário. No entanto, uma decisão do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe) proíbe que o Cruz-Maltino enfrente o maior rival na Colina Histórica.
Em nota, o Bepe alegou que o clássico entre Vasco e Flamengo oferece "riscos à segurança no perímetro e no interior da praça esportiva". Inicialmente, o Cruz-Maltino não via com bons olhos o jogo no Maracanã, tendo em vista que o clube não tinha direito aos lucros em bares, estacionamento e camarotes, que foram destinados ao consórcio.
Poucas opções
O Vasco não podia mandar o clássico no Estádio Nilton Santos, a casa do Botafogo, uma vez que o local terá um show do cantor Thiaguinho no mesmo dia. Mudar o jogo para outro estado também não seria uma opção por não ter tempo hábil par mudança, segundo o regulamento.
Judicialização do caso
A Justiça do Rio chegou a autorizar o clássico em São Januário. Em decisão, a juíza do caso autorizou "o mando de campo do Vasco em São Januário, com presença da torcida vascaína, independentemente de qualquer avaliação, e, a depender de avaliação técnica, com presença da torcida rubro-negra". Além disso, a magistrada afirma que o Bepe "se recusa empregar todas as suas energias em benefício do serviço, optando, simplesmente, pelo caminho mais fácil “deixar de fazer”, com aparente abandono do entusiasmo, autoridade e eficiência que a instituição exige". O processo ajuizado por dois advogados.
Martelo batido e acordo pelo Maracanã
Após a Justiça autorizar que a partida pudesse ser realizada em São Januário, o CEO do Vasco, Carlos Amodeo, revelou que o clube entrou em acordo com Flamengo e Fluminense para que o Cruz-Maltino mandasse oito jogos no estádio em 2025 e 2026. Os clássicos serão com público 50% para cada torcida.
No acordo, o Vasco também terá condições iguais a Flamengo e Fluminense, quando atuam como mandante, no que se refere aos valores de locação, exploração de estacionamento e camarotes. O Cruz-Maltino também terá condições operacionais, como ambientar o vestiário, zona mista, bandeiras de escanteio e iluminação do Maracanã.
Porém, nos clássicos entre Vasco e Fluminense, a torcida cruz-maltina ficará do lado esquerdo. Desde a reforma do Maracanã, esta questão é alvo de polêmica tendo em vista que os vascaínos entendem que devem ocupar o lado direito por uma questão histórica, enquanto os tricolores defendem o direito de ficar no local por serem permissionários.
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Parcial de ingressos
A última parcial de ingressos vendidos, da tarde desta sexta-feira (18), mostra 25 mil ingressos comprados. A torcida do Flamengo, visitante para o duelo no Maracanã, só teve a venda liberada - tanto para o setor exclusivo quanto mistos - na quinta-feira (17).