Após a derrota por 1 a 0 diante do São Paulo no Morumbi em jogo do último domingo, o técnico Enderson Moreira ficou extremamente irritado com a atuação da arbitragem capitaneada por Gilberto Rodrigues Castro Junior tendo como suporte do Árbitro de Vídeo Rodrigo Nunes de Sá.
Tamanho era o nível de irritação de Enderson que ele chegou a dizer não ser possível esperar da arbitragem em solo nacional uma análise de igualdade em relação a clubes de diferentes regiões do pais.
- Eu não posso falar que tenho dúvidas se foi pênalti ou não. De onde eu estava, no banco, tive certeza que foi pênalti. A forma que o Volpi sai, é muito imprudente. Eu queria entende o porquê da não marcação do pênalti. Como é que um VAR consegue não interferir nisso. O São Paulo não tem nada a ver com isso, mas é porque era uma festa hoje e não podíamos atrapalhar, mas não avisaram a gente. O futebol brasileiro a gente entra na expectativa de que possa ter igualdade - disse o técnico.
- A gente acredita que olham para a gente de maneira igual. Acho um absurdo. Não vai adiantar absolutamente nada. Poderia não ter acontecido nada no pênalti, mas não poderia deixar de ser marcado. É a única alternativa que não poderia. Queria ver quem teria capacidade de ver o lance e dizer que não foi - acrescentou.
Enderson chegou a aprofundar o discurso ampliando o leque para o âmbito social, indicando a situação vivida como um reflexo do que ocorre no cotidiano em outras esferas:
- A justiça no futebol não acontece. Futebol é um desporto injusto. Pelo que a equipe apresentou merecia um resultado diferente. Infelizmente é o olhar com o olhar diferente. No nosso país é assim. As pessoas que são marginalizadas nesse processo são olhadas diferente e o futebol é um reflexo da sociedade.
Em relação ao aspecto técnico e de desempenho, mesmo com a derrota o sentimento que ficou para o atual comandante do Vozão é de satisfação pelo volume de oportunidades:
- Tenho muito orgulho da equipe pelo jogo que fez. Jogamos marcamos em cima, criamos boas oportunidades.