Chegada à Chapecoense cumpre promessa particular de Jair Ventura
Em coletiva de apresentação do novo técnico do clube, ele garantiu que tinha o desejo de treinar a equipe de Santa Catarina
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Anúncio que parecia unicamente uma questão de tempo depois das informações que circulam desde a última terça-feira (1), a Chapecoense oficializou a contratação do técnico Jair Ventura no mesmo dia em que promoveu sua coletiva de apresentação.
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Logo de início, o treinador afirmou que sua chegada no Verdão do Oeste é o cumprimento de uma promessa particular que fez junto à sua família pouco depois da tragédia aérea em novembro de 2016 na Colômbia. Na época, ele vivia momento de ascensão em seu trabalho no Botafogo.
Um dos motivos que reforçou a ideia, além do sentimento de solidariedade e empatia para com o momento vivido pela Chape, foi a boa relação que desenvolveu quando trabalhou como assistente com Caio Junior, técnico da Chapecoense daquele ano e uma das vítimas fatais do acidente em Medellín.
- Fico até emocionado de ser apresentado aqui. Não tem como não sentar aqui e não lembrar de tudo o que aconteceu. Quando aconteceu a tragédia, eu estava em um momento maravilhoso na minha carreira. O mundo todo sentiu como se tivesse um parente naquele avião. Não conseguimos mensurar a dor dos familiares. Naquele momento, eu, com meus familiares, fiz uma promessa que um dia eu iria trabalhar aqui. Estou realizando.
- Eu tinha um grande irmão, o Caio Jr., fui auxiliar dele no Botafogo. A minha dor não foi igual dos familiares, mas foi grande, a minha dor foi grande. Estou realizando um sonho. Meu DNA é ser competitivo. Espero ter longevidade e fazer um trabalho com todos. É uma honra estar realizando esse sonho.
Identificado com uma forma de jogar que prioriza a montagem do sistema defensivo, o novo treinador preferiu não se "rotular" como tendo essa característica única. Além disso, Jair Ventura também tratou de falar sobre já conhecer algumas peças do plantel e de como pretende aumentar seu entendimento ao longo das atividades:
- Eu sou um treinador extremamente mutável, não sou mais importante que a Chapecoense, meu modelo não é mais importante que o clube, vou fazer o melhor para a Chapecoense. Vamos implementar o que for melhor para a Chapecoense. Tenho uma instituição gigante atrás de mim. Meu estilo depende das características de jogo. Vai depender de cada jogo. Será com muita organização. Será uma equipe organizada, uma equipe competitiva.
- Já trabalhei com o Matheus no Santos, tentei levar o Anselmo em outras oportunidades, mas os demais conheço de jogar contra ou analisar. Repito que é importante de trabalhar no dia dia, é aí que conhecemos realmente. Fico feliz de trabalhar com esse grupo, tive ótimas referências. Fazemos uma avaliaçao do elenco, conversamos entre os treinadores. As informações foram ótimas. Temos que recuperar essa autoestima, ontem os atacantes fizeram gols e voltamos a vencer. Isso é importante - agregou.
Devidamente regularizado, a estreia do novo comandante acontecerá no próximo domingo (6) onde a Chape visita no Allianz Parque o Palmeiras pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
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