A tristeza com a queda do avião que transportava a delegação da Chapecoense a Medellín, deixando 71 mortos e seis feridos, também tomou conta de quem fez história na Arena Condá. Treinador que conduziu a Chape aos acessos da Série B e da Série A, Gilmar Dal Pozzo disse que mantinha contato com pessoas ligadas ao clube, e revelou que, dias antes da tragédia, conversou sobre a viagem com o mandatário Sandro Pallaoro:
- Tinha contato até pouco tempo com todos. Meu último contato com o (Sandro) Pallaoro foi sábado passado, antes do jogo com o Palmeiras. Ele contou que estava na dúvida se ia viajar ou não, porque queria ficar em Chapecó em solidariedade ao (João Carlos) Maringá, que estava com a esposa muito doente. Como a Grazi veio a falecer, acho que o Sandro tomou a decisão de ir para lá (Medellín) - afirmou, ao LANCE!.
Graziela Piazza Giovanaz, que era esposa de João Carlos Maringá, morrera na segunda-feira, um dia antes da queda do avião. Dal Pozzo não escondeu seu abalo com a sucessão de notícias tristes em torno da Chapecoense:
- Soube na conexão do avião, quando ia para Fortaleza acertar para treinar com o Ceará. Foi muito triste, porque joguei com o Maringá como atleta, e não estava próximo neste momento. E muitas das pessoas que conheci na Chapecoense ainda estavam lá, não só jogadores, mas roupeiro, massagistas e tanta gente da comissão técnica.
O técnico, que iniciará em 2017 um trabalho no Ceará, ainda contou a imagem que levará de seu período na Chape:
- - Profissionalmente, foi a minha ascensão. A Chapecoense me proporcionou ter dois acessos na mesma equipe. Era um técnico desconhecido, e a partir dali o meu nome ganhou destaque nacional. Mas hoje fica mais a lembrança do lado sentimental que formamos e tem até os dias de hoje, considero a Chapecoense quase uma família, e vai ficar essa imagem para mim.