Está acontecendo agora no Brasil e vem acontecendo cada vez mais no mundo inteiro. Os clubes crescentemente deixam de ser associações, assim entendidas como grupos de pessoas que se unem para praticar esportes e eventualmente disputar campeonatos, e se
tornam empresas com finalidade lucrativa.
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Temos o caso do homem de negócios americano John Textor, dono do Botafogo, no Brasil, do Molenbeek, na Bélgica, e do Olympique Lyonnais, na França. Mas lá ele não está sozinho. É muito conhecido o caso do Paris Saint-Germain, do Qatar Sports Investment. E há muitos outros.
Dos 20 clubes da Primeira Divisão Francesa - a Ligue 1 -, nada menos do que onze estão em mãos de empresas. Acima da metade. Mais impressionante ainda é que quase todos estes investidores são estrangeiros. A maioria é de americanos e ingleses, incluindo-se também um russo, Dmitri Rybolovlev, dono do
Mônaco, e um chinês, James Zhou, proprietário do Auxerre.
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Há empresas de tecnologia (caso de John Textor), bancos, fundos de investimento, construção civil, transportes, produtos agrícolas, artigos de luxo, indústria petroquímica e até, lembrando o caso de Ronaldo Fenômeno, um ex-jogador, Marc Keller, do Strasbourg, que foi
meia armador da equipe e hoje é seu maior acionista.
O mais significativo em tudo isto é que o capital estrangeiro representa três quartos do orçamento total dos clubes da Ligue 1.
Em primeiro lugar aparece o Paris Saint-Germain, do Qatar Sports Investment, com o Olympique Lyonnais, de John Textor, na segunda posição e, logo depois, o Olympique de Marseille, de Frank McCourt, de Boston, nos Estados Unidos, antigo proprietário do time de
beisebol Los Angeles Dodgers.
Se tudo isto ocorre para o bem ou mal do futebol, eis um assunto a ser debatido. O indiscutível é que os homens de negócio chegaram - e tudo indica que chegaram para ficar.