CAMPO NEUTRO: A clarividência de Mbappé José Inácio Werneck​

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Avon, CT (EUA) - Segundo a imprensa espanhola, Kylian Mbappé está em Madrid e deverá deixar claro, a qualquer momento, que seu próximo contrato será com o clube 13 vezes campeão europeu.

A imprensa francesa diz que o PSG fez a Mbappé a mais rica proposta jamais registrada no mundo do futebol. Ele passaria a ganhar mais do  que Neymar, mais do que Messi, e seria identificado como o padrão, o líder do time.


Tudo isto parece não convencer o jogador francês, por um simples motivo: ele sabe que mais do que ele mesmo, mais do que um Messi, mais do que um Neymar, mais do  que um Benzema, mais do que um Cristiano Ronaldo, o que faz um clube ser grande é seu projeto, sua identidade.

O PSG, depois de ter sido colocado sob o controle dos emires do Qatar, julgou que um craque de nome, como Neymar primeiro, e Messi, depois, lhe dariam a força e a categoria para conquistar seu grande objetivo, a Champions League.

Mas ao projeto do PSG faltou a alma, a identidade, a história que um clube como o Real Madrid, o Barcelona, o Liverpool, o Bayern, La Juve, podem ter.

Isto talvez explique também, ao menos em parte, porque o Manchester Ciry, apesar de Pep Guardiola, apesar de um fantástico elenco, apesar da força financeira dos Emirados Árabes, vem fracassando ano após ano na conquista da Champions League.

Ao escolher o Real Madrid - se escolher- Mbappé sabe que estará no que é, acima de tudo, o ambiente, a partir do qual realmente se realiza um projeto de clube.

Chamem isto de alma, de mística. Mbappé sabe que ele, por  si só, nunca poderá ser a solução em time algum, em lugar algum do mundo. 

Tem, ou parece ter, a clarividência necessária para saber que pode apenas ser parte da solução.

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