CAMPO NEUTRO: Rota brasileira se abre para Ancelotti
José Inácio Werneck fala sobre assuntos em alta no mundo do esporte
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O Real Madrid não foi derrotado hoje pelo Manchester City na semifinal da Champions League: foi achatado, humilhado, amassado.
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Quatro a zero para o time dirigido por Pep Guardiola. Foi o novo contra o velho. Um time bem armado contra uma equipe que desde o início da partida mostrou que se sentia inferior.
Perder faz parte da história de qualquer outro time, mas não do Real Madrid. Sobretudo perder como perdeu, praticamente levando uma lição de como se joga futebol.
E, sobretudo, o Real Madrid não aceita perder assim, ser humilhado assim, na Champions League, o campeonato - que desde antes, quando ainda era chamado de Copa da Europa - define a sua história, sua trajetória, sua tradição.
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Ancelotti é, sim, um dos mais vitoriosos técnicos da história do Real Madrid. Ancelotti tem um contrato com o Real Madrid até meados de 2024.
Antes da partida, dizia-se que mesmo uma derrota para o Manchester City na segunda partida da semifinal deste ano na Champions League não abalaria sua posição.
Mas isto foi antes do time levar, como se dizia em outros tempos no Brasil, um baile. Uma aula de futebol.
A verdade ficou clara desde os primeiros momentos: domínio total do Manchester City. Em alguns instantes os números mostravam algo como 75% de posse de bola para o Manchester Cty, algo em torno de cem passes certos para o Manchester City contra 13 ou 14 para o Real Madrid.
Quando, lá pelo meio do segundo tempo, Carlo Ancelotti tirou Luka Modric, passou Alaba para a lateral esquerda e colocou Camavinga no meio-de-campo, ficou claro que as opções do Real Madrid eram poucas ou inexistentes. Que espécie de alternativa restaria para o time quando o homem que durante anos foi o seu cérebro no meio-de-campo saía como uma confissão que nada do que Ancelotti planejara para aquele setor - se é que planeja alguma coisa além de correr atrás dos adversários - dava certo.
O que se viu, pouco antes do Manchester City marcar seu terceiro gol, foi Vinícius fingir que tinha sido empurrado dentro da área adversária. Era uma confissão de impotência e se sentia que o Manchester City, depois de diminuir um pouco seu ritmo no segundo tempo, tinha reservas para se impor de novo em campo quando lhe conviesse.
Foi o que aconteceu. Quatro a zero, nenhuma discussão possível.
Não vejo como Florentino Pérez vá aceitar uma derrota tão acachapante.
Com todas as suas glórias, Carlo Ancelotti está a um passo de ser defenestrado.
O que é um desastre para o Real Madrid pode ser um benefício para o Brasil.
Carlo Ancelotti tem um convite da CBF e as possibilidades de que ele o aceite agora aumentaram muito.
Um técnico estrangeiro será bom para o Brasil? E Ancelotti, com sua aura diminuída, daria conta do recado?
Este é um tema para outro dia. Mas que a rota brasileira se abre para Ancelotti, disto não
tenho dúvida.
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