Rafael Nadal fez mais uma ótima exibição. Quase perfeita, tirando o game ruim do fim do jogo onde precisou jogar um tie-break que era perigoso. Conseguiu fechar e evitar desgaste.
É uma característica do espanhol a vibração e sua gana, mas esse Wimbledon vem mostrando uma fome ainda maior, vide alguns dos pontos da partida de hoje. Não deveria ser diferente. Desde o começo da carreira ele tem Wimbledon como objetivo e o torneio mais difícil e há três anos não joga por lá. Some também os momentos finais de sua carreira e a chance única de vencer o Grand Slam após os títulos na França e na Austrália.
Fazendo um paralelo com Roland Garros o espanhol vem sofrendo menos do que no saibro parisiense. Ou ninguém lembra das oitavas contra Felix Aliassime e os cinco sets jogados ?
O que é certo é que além da fome as atuações vêm sendo melhores, o forehand e o backhand estão andando mais, o slice está causando mais estragos.
As únicas dúvidas seriam quanto às condições físicas. Nadal se enfureceu ao ser perguntado sobre fitas em seu abdômen. Não quis responder. Ou melhor, disse apenas que se está jogando o torneio é porque se sente saudável para tal. Um problema na região impacta direto no saque e sua velocidade e o tornaria mais vulnerável. Até o momento isso não foi visto.
Os desafios agora aumentam. Taylor Fritz está confiante, vem de título em Eastbourne, sem perder sets em Londres e tem na bagagem aquela vitória da final de Indian Wells no jogo dos lesionados. Nadal tem o americana entalado e toda a motivação para jogar seu melhor tênis para se garantir na semifinal.
Olhando mais a frente um Kyrgios ou Garín numa eventual semi devem chegar desgastados. O australiano se mostra mais focado e com hábitos mais saudáveis, mas as dores no ombro preocupam e dariam um favoritismo mais latente ao espanhol. Vamos aguardar cenas do próximo capítulo.