Fabrizio Gallas: ‘Bia Maia chegou para ficar e ser enorme’

Brasileira foi vice-campeã em Toronto, mas chegou para ter conquistas enormes, talvez um Grand Slam

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O título não veio. Uma pena. Do outro lado uma Simona Halep revitalizada, forte e com o jogo que a brasileira não encaixa bem. Apesar disso, Bia Maia fez uma boa partida e teve suas chances. Foi a primeira final de WTA 1000 da brasileira.

O que precisamos tirar da semana é que a paulistana veio para ficar. Não será aquele amor de verão que vem e passa rápido. A sequência na grama já deu indícios. A semana em Toronto foi além. Vitórias em jogos super pesados, difíceis, com viradas. Triunfo contra uma número 1 incontestável na temporada e sem derrotas no piso duro há seis meses. Vitória sobre campeã olímpica, de virada, logo na sequência, em jogo onde tinha tudo para ser aquele de relaxamento, com sensação de tarefa cumprida da partida anterior, algo típico de atleta mediano.

Certamente o vestiário do tênis feminino já respeita a brasileira muito mais do que no início do ano e Bia se mostra versátil onde com seu tênis agressivo e moderno pode jogar bem em mais de uma superfície e sonhar muito mais do que conquistar um WTA 1000.

Cincinnati não devemos cobrar a brasileira. A sequência de Toronto foi pesada. Então o resultado não será o mais importante. Podemos ter esperanças para o US Open. Que Bia tenha aprendido a lição de Wimbledon onde entrou se cobrando demais e acabou caindo na estreia. Sua evolução em todas as áreas (técnica, física e mental) mostra que uma grande campanha em um Slam é iminente e ela vai entrar como umas das quatro, cinco candidatas para o troféu em Nova York.

Se vai ou não vencer um Slam é outra história. São sete jogos e um peso emocional enorme. Mas que a brasileira veio para ficar, ah isso veio. Espero que por muito tempo!


Curtinhas:
O mais legal de tudo isso é que nossas meninas estão de puxando. Se por um lado Luisa e Laura puxaram Carol e a própria Bia com a medalha olímpica, agora as demais se espelham em Haddad Maia e as futuras também. 
Bia será 16 do mundo. Laura Pigossi será a 102ª e bem pertinho do top 100. Ingrid Martins baterá o melhor ranking nas duplas também.

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